domingo, 26 de fevereiro de 2012

O Barcelona é o time 2.0

Amigos


Para quem me conhece, sabe que sou um amante da publicidade e do futebol. Por mais que eu seja um grande e fanático São Paulino, eu gosto de ver futebol. Primeiro do meu time, depois de outros times. Assim como é muito legal ver uma boa campanha no ar, seja na TV ou na web, é sensacional ver um time jogando bem. O que é bonito deve ser apreciado e exaltado. E por que o futebol e o marketing não podem ser comparados? Para mim, ambos tem muito a ver.

Não quero ser um oportunista para aproveitar a boa fase do Barcelona para escrever qualquer besteira, mesmo porque essa boa fase começou em 2009 e não vejo tempo para acabar, talvez aqui no Brasil, após a final entre o Barcelona e Santos o brasileiro começou a falar mais do time, mas para quem, assim como eu, gosta de ver futebol, sabe que o Barcelona vem jogando bem há tempos e o seu grande diferencial, na minha opinião, não é Messi, Xavi ou Iniesta. É a coletividade e por isso a comparação com a web 2.0.

Vivemos uma era que não vai se extinguir num curto espaço de tempo, na verdade, não vai se extinguir nunca, ela só vai crescer, a era da coletividade. Pessoas ajudando pessoas em muitas vezes por um interesse em comum, algo similar ao Barcelona, onde o time joga coletivamente em prol do gol. E por isso dá certo. Outra semelhança entre a web 2.0 e o time espanhol: Ninguém reinventa a roda é tudo simples. As pessoas gostam de falar, de conversar. A web é um canal para isso. Futebol é coletivo então que jogue assim.

Vamos a um exemplo: Eu já não ia assistir ao filme “Agamenon”. Eu tenho sérias restrições ao estilo de comédia do Casseta e Planeta. Vi pelo menos umas 10 pessoas falando no Facebook mal sobre esse filme. Cheguei a expressar a minha opinião em um desses comentários, porém, mais 15 ou 20 pessoas fizeram o mesmo. Se fizermos uma conta rápida, cerca de 200 pessoas comentaram contra o filme. Quantas elas impactaram? As pessoas, mais uma vez reforçando, gostam de falar, conversar, indicar, opinar. Não é de hoje que viramos mídia, formadores de opinião ou disseminadores de mensagem. Não importa como vamos chamar, o importante é saber que são pessoas, falando com pessoas.

O Barcelona joga de forma simples. Todos sabem como o time vai jogar, mas ninguém consegue marcar. O segredo é a mesma coletividade. Cada um dá a sua contribuição em prol ao gol. Não se vê um jogador driblar sem necessidade, um lançamento longo, um chute do meio de campo no desespero. Se vê toque de bola em direção ao gol. Se vê a coletividade construindo algo que será benéfico a todos. Assim como no exemplo acima de construiu uma comunicação benéfica as pessoas, poderiam construir uma comunicação positiva do filme, assim como fizeram com Tropa de Elite 2.

Marcas, vamos aprender que a coletividade é importante e move a internet. As pessoas gostam de trocar experiências, notícias, conteúdos. Isso move a web, isso faz com que as pessoas se relacionem com as marcas.

Já está no ar o meu curso em parceria com o iMasters sobre PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DIGITAL. Clique aqui e compre já o seu!

Abraços
Felipe Morais
@plannerfelipe

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Evento Top de Planejamento 2012

Amigos.
Segue abaixo as minhas anotações sobre o evento Top de Planejamento 2012 que ocorreu na ESPM nos dias 14 e 15 de Fevereiro de 2012.

Infelizmente eu não pude estar em todas as palestras, entretanto, fiquei um pouco decepcionado nas que eu fui. A palestra dos patrocinadores do evento nada mais foram do que "olha como somos muito bons..." detesto isso, entretanto, a palestra de Ken Fujioka salvou o evento. Não estive na palestra da Nissan, me disseram ter sido ótima, mas na minha opinião a do Ken foi sensacional....

Francisco Freire e Dora Faggin - Vox Pesquisas
O ser humano como base de qualquer estratégia

Em parceria com a DM9 fez o projeto Perfis Digiraficos (http://www.youtube.com/user/AgenciaDM9DDB?gclid=CP2dwZO-oq4CFeIQNAodIlshSg) um excelente estudo que deve - se já não é - se tornar referência no mercado!

O profissional tem uma pressão constante por eficiência de um lado e de superexposição de outro. Estamos sendo avaliados o tempo inteiro e nosso comportamento tem sido moldado de acordo com isso.

O profissional vive na esquizofrenia. O cotidiano é rodado de pressão, estamos vivendo a era da inovação constante. A pressão é enorme. Temos cada vez menos tempo para agir e pensar. As coisas estão prontas e a gente só deixa as coisas fluírem, porém essas coisas prontas sao antigas e nem sempre sao o suficiente para resolver os problemas - entramos na lógica do racional. Não dá para explicar, descarta, vamos no que é mais seguro.

A partir de critérios pré estabelecidos, vivemos com produtos. Está tudo encaixotado basta usar as caixas na soluções de problemas. Tudo gira em torno da eficiência, estamos voltados a ser eficientes até na diversão como jogar futebol, por exemplo.

Tudo isso gera um profissional igual. Tudo está sendo avaliado por técnica por padrão. Se tudo estiver embastado, obedecendo um processo nos garante a defesa, mas tiramos o ser humano, a intuição, a sensibilidade, a criatividade das ações. Fica tudo igual para todo mundo. Perdemos a criatividade na propaganda pela burocratização!

Insight é uma roupa nova para uma ideia velha. Achamos a mesma reposta para tudo, mas envelopamos de outras formas. Insight deveria ser um raciocino rico em informação e diferenciais! O planner não deve buscar a nova roupa para o insight. Deve buscar a nova comunicação.

Hoje o consumo virou hiperconsumo, não sao varias pessoas comprado tudo, mas sim de pessoas que estão atras de hiperprodutos, que sao produtos que entregam além do produto, como status, relacionamento, qualidade. Google não produz nada, ele oferece acessórios que usamos para construir nossa identidade: download, mídia, visão de mundo, compartilhar, exeperiencia, valores, discursos, cultura: Tudo é consumo!!!

A publicidade é um catalisador de movimentos. Não mais impõe, ela propõe. Ela canaliza, direciona, garante que a mensagem tenha um fluxo. Publicidade hoje é subjetiva, pode acontecer de diversas maneiras. Auxilia as pessoas a encontrar a si mesmas.

As qualidades humanas devem ser inclusas nessa mudanças. Não se molda uma pessoa sem saber quem ela é! As estratégias devem ser baseadas em quem é o ser humano.

Planners precisam se reconectar a criatividade, não adianta replicar o modelo. Criatividade é a forma como olhamos o mundo. Planners sao pessoas do mundo! É preciso ter curiosidade de conhecer o mundo. Essa curiosidade nos gera conhecimento. Computador replica modelos, ser humano interpretes, imagina, projeta realidade e acreditamos nisso!

Planners entendem o que está escondido dentro das pessoas, acrescentar o lado humano e mostrar como inovar. pesquisas deve, olhar, interpretar, questionar, refletir, provocar e inspirar. A pesquisa deve ser encarada como criativa e apontar caminhos. Entender a fundo o ser humano, deve ser embasamento para tomada de decisões, mas não apenas isso. Pesquisam alimentam ideias!

É preciso entender a fundo o consumidor para ter insights significativas a longo prazo. Saber hábitos de consumo, de compra de produtos, de infância, de vida. Consumidores tem vida e Planners precisam ir nessa linha. Entender pessoas é saber como se relacionar com elas.

Eduardo Lorenzi - Diretor de Planejamento da NeogamaBBH
Menos planejamento

Planejamento vive a cultura do "mais"
Busca mais resultados, vendas, pesquisas, defesas, embasamentos... Mas e a cultura do "menos"? Há muita coisa sobrando em apresentações, pesquisas, briefs...
será que todo mundo precisa de planejamento? As agencias estão crescendo com um grande número de profissionais, mas será que precisamos de tudo isso? Todo mundo precisa de planejamento mesmo?

Como usar a técnica do menos?
1a parte do trabalho é estar preparado para jogar grande do seu trabalho fora
Nem sempre se apresenta tudo. Deixa o cliente ver depois os dados em anexo
Apresentações tem que sair do obvio. As vezes se pesquisa muito para aprender sobre mercado, concorrência, categoria e consumidor, mas não se mostra ao cliente.
Planejamento não é democracia. Não se coloca vários insights para se chegar a varias respostas. É preciso foco! É mais uma opinião.
Deixe na apresentação apenas o que realmente faz a diferença!!!

2a Jogue o protagonismo fora, pois planejamento não é o centro de tudo. Planners ajudam as pessoas a fazer seus trabalhos melhores, criação, mídia, atendimento e o cliente, mas não fazer tudo o que mandam fazer. Precisamos questionar o por quê das coisas!

3a Jogue sua posição partidária fora. Analógico X digital / Velho X Novo / TV Aberta X Internet... Não perca tempo com debate que não se leva a nada! É importante a tv para posicionamento mas também é preciso fazer um aplicativo para um novo serviço. A comunicação velha e a nova andando juntos, a comunicação 360o em evidencia.


Ken Fujioka
E agora José? Reflexão para planejadores

Será que os Planners já sabem tudo?
A eterna conversa e discussão sobre a disciplina é interessante para a eterna reflexão e reciclagem.
Referencias em planejamento:
Ler o livro do Jon Stell "A arte do planejamento"
Blogs referencia: russell davies, gareth kay, martin weigel, richard huntington, mark earls
Um criativo: Dave Trott
Podcast: jad & robert

Perfil do planner:
Matriz do planejamento: business a people (afinidade com os dois)
Intuitivo a analítico (como resolvemos os problemas)
Planners tendem a ficar no centro dessas 4 dimensões, Planners devem ter equilíbrio, no mesmo dia se discute estratégia com o alto executivo do cliente, moderar uma pesquisa com mulheres da classe C, passar um brief para a criação e ler uma pesquisa. Equilíbrio, profundidade no processo, entender a fundo o que está acontecendo.
Tendência humana em estudar no que somos bons, precisamos nos forcar a estudar o que não somos bons para chegar ao equilíbrio.
Hoje os Planners devem desenvolver a empatia, sentir o que outra pessoa quer, sente e deseja. Conseguir se colocar no lugar do outro par entender como a pessoa age.
Empatia é diferente de entendimento
Não é suficiente apenas entender o consumidor. É preciso tentar imaginar como ela vai se comportar. Isso é a empatia! Esse exercício é preciso ser feito no dia-a-dia.
Pesquisa sobre o consumidor é um ponto de partida e não a solução para tudo.

Como acontece, na pratica, a colaboração dentro do processo criativo?
Analogia: revezamento 4x100 na natação. Essa é uma visão linear, um trabalha, bate na borda e o outro começa a trabalhar: um não pode entregar o seu trabalho e dizer "minha parte eu já fiz"

O trabalho de criatividade é mais parecido com o revezamento 4x100 do atletismo. A zona de passagem, quando 2 corredores correm juntos para a passagem é o que faz toda a diferença. Não se entrega o planejamento e diz "agora é com você" um depende com o outro, o ideal é entregar o planejamento e dizer, "agora é conosco" ambos (Planners e criativos) buscam o mesmo objetivo: a ideia!
Ideias tem que ser estratégicas, criativas e execucional.
Ideias estratégicas é onde a responsabilidade é do planner. Tem que resolver o problema do cliente
Ideia criativa é a zona de passagem, é onde surge a ideia na conversa entre Planners e criativos.
Ideias execucionais é responsabilidade da criação

Brief não vai para a rua. Ele e o começo do trabalho.
Planners trabalham no campo das ideias. Somos responsáveis por isso junto com a criação
Planners acompanham a campanha no dia-a-dia. Se não resolveu o problema do cliente, não funcionou a campanha. Simples assim.

Já está no ar o meu curso junto com o portal iMasters sobre PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DIGITAL. Clique aqui e adquira já o seu! Mais de 200 pessoas já fizeram esse curso em pouco mais de 3 meses.

Abraços
Felipe Morais
@plannerfelipe

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Evento Top de Planejamento 2012

Amigos.
Segue abaixo as minhas anotações sobre o evento Top de Planejamento 2012 que ocorreu na ESPM nos dias 14 e 15 de Fevereiro de 2012.

Infelizmente eu não pude estar em todas as palestras, entretanto, fiquei um pouco decepcionado nas que eu fui. A palestra dos patrocinadores do evento nada mais foram do que "olha como somos muito bons..." detesto isso, entretanto, a palestra de Ken Fujioka salvou o evento. Não estive na palestra da Nissan, me disseram ter sido ótima, mas na minha opinião a do Ken foi sensacional....

Francisco Freire e Dora Faggin - Vox Pesquisas
O ser humano como base de qualquer estratégia

Em parceria com a DM9 fez o projeto Perfis Digiraficos (http://www.youtube.com/user/AgenciaDM9DDB?gclid=CP2dwZO-oq4CFeIQNAodIlshSg) um excelente estudo que deve - se já não é - se tornar referência no mercado!

O profissional tem uma pressão constante por eficiência de um lado e de superexposição de outro. Estamos sendo avaliados o tempo inteiro e nosso comportamento tem sido moldado de acordo com isso.

O profissional vive na esquizofrenia. O cotidiano é rodado de pressão, estamos vivendo a era da inovação constante. A pressão é enorme. Temos cada vez menos tempo para agir e pensar. As coisas estão prontas e a gente só deixa as coisas fluírem, porém essas coisas prontas sao antigas e nem sempre sao o suficiente para resolver os problemas - entramos na lógica do racional. Não dá para explicar, descarta, vamos no que é mais seguro.

A partir de critérios pré estabelecidos, vivemos com produtos. Está tudo encaixotado basta usar as caixas na soluções de problemas. Tudo gira em torno da eficiência, estamos voltados a ser eficientes até na diversão como jogar futebol, por exemplo.

Tudo isso gera um profissional igual. Tudo está sendo avaliado por técnica por padrão. Se tudo estiver embastado, obedecendo um processo nos garante a defesa, mas tiramos o ser humano, a intuição, a sensibilidade, a criatividade das ações. Fica tudo igual para todo mundo. Perdemos a criatividade na propaganda pela burocratização!

Insight é uma roupa nova para uma ideia velha. Achamos a mesma reposta para tudo, mas envelopamos de outras formas. Insight deveria ser um raciocino rico em informação e diferenciais! O planner não deve buscar a nova roupa para o insight. Deve buscar a nova comunicação.

Hoje o consumo virou hiperconsumo, não sao varias pessoas comprado tudo, mas sim de pessoas que estão atras de hiperprodutos, que sao produtos que entregam além do produto, como status, relacionamento, qualidade. Google não produz nada, ele oferece acessórios que usamos para construir nossa identidade: download, mídia, visão de mundo, compartilhar, exeperiencia, valores, discursos, cultura: Tudo é consumo!!!

A publicidade é um catalisador de movimentos. Não mais impõe, ela propõe. Ela canaliza, direciona, garante que a mensagem tenha um fluxo. Publicidade hoje é subjetiva, pode acontecer de diversas maneiras. Auxilia as pessoas a encontrar a si mesmas.

As qualidades humanas devem ser inclusas nessa mudanças. Não se molda uma pessoa sem saber quem ela é! As estratégias devem ser baseadas em quem é o ser humano.

Planners precisam se reconectar a criatividade, não adianta replicar o modelo. Criatividade é a forma como olhamos o mundo. Planners sao pessoas do mundo! É preciso ter curiosidade de conhecer o mundo. Essa curiosidade nos gera conhecimento. Computador replica modelos, ser humano interpretes, imagina, projeta realidade e acreditamos nisso!

Planners entendem o que está escondido dentro das pessoas, acrescentar o lado humano e mostrar como inovar. pesquisas deve, olhar, interpretar, questionar, refletir, provocar e inspirar. A pesquisa deve ser encarada como criativa e apontar caminhos. Entender a fundo o ser humano, deve ser embasamento para tomada de decisões, mas não apenas isso. Pesquisam alimentam ideias!

É preciso entender a fundo o consumidor para ter insights significativas a longo prazo. Saber hábitos de consumo, de compra de produtos, de infância, de vida. Consumidores tem vida e Planners precisam ir nessa linha. Entender pessoas é saber como se relacionar com elas.

Eduardo Lorenzi - Diretor de Planejamento da NeogamaBBH
Menos planejamento

Planejamento vive a cultura do "mais"
Busca mais resultados, vendas, pesquisas, defesas, embasamentos... Mas e a cultura do "menos"? Há muita coisa sobrando em apresentações, pesquisas, briefs...
será que todo mundo precisa de planejamento? As agencias estão crescendo com um grande número de profissionais, mas será que precisamos de tudo isso? Todo mundo precisa de planejamento mesmo?

Como usar a técnica do menos?
1a parte do trabalho é estar preparado para jogar grande do seu trabalho fora
Nem sempre se apresenta tudo. Deixa o cliente ver depois os dados em anexo
Apresentações tem que sair do obvio. As vezes se pesquisa muito para aprender sobre mercado, concorrência, categoria e consumidor, mas não se mostra ao cliente.
Planejamento não é democracia. Não se coloca vários insights para se chegar a varias respostas. É preciso foco! É mais uma opinião.
Deixe na apresentação apenas o que realmente faz a diferença!!!

2a Jogue o protagonismo fora, pois planejamento não é o centro de tudo. Planners ajudam as pessoas a fazer seus trabalhos melhores, criação, mídia, atendimento e o cliente, mas não fazer tudo o que mandam fazer. Precisamos questionar o por quê das coisas!

3a Jogue sua posição partidária fora. Analógico X digital / Velho X Novo / TV Aberta X Internet... Não perca tempo com debate que não se leva a nada! É importante a tv para posicionamento mas também é preciso fazer um aplicativo para um novo serviço. A comunicação velha e a nova andando juntos, a comunicação 360o em evidencia.


Ken Fujioka
E agora José? Reflexão para planejadores

Será que os Planners já sabem tudo?
A eterna conversa e discussão sobre a disciplina é interessante para a eterna reflexão e reciclagem.
Referencias em planejamento:
Ler o livro do Jon Stell "A arte do planejamento"
Blogs referencia: russell davies, gareth kay, martin weigel, richard huntington, mark earls
Um criativo: Dave Trott
Podcast: jad & robert

Perfil do planner:
Matriz do planejamento: business a people (afinidade com os dois)
Intuitivo a analítico (como resolvemos os problemas)
Planners tendem a ficar no centro dessas 4 dimensões, Planners devem ter equilíbrio, no mesmo dia se discute estratégia com o alto executivo do cliente, moderar uma pesquisa com mulheres da classe C, passar um brief para a criação e ler uma pesquisa. Equilíbrio, profundidade no processo, entender a fundo o que está acontecendo.
Tendência humana em estudar no que somos bons, precisamos nos forcar a estudar o que não somos bons para chegar ao equilíbrio.
Hoje os Planners devem desenvolver a empatia, sentir o que outra pessoa quer, sente e deseja. Conseguir se colocar no lugar do outro par entender como a pessoa age.
Empatia é diferente de entendimento
Não é suficiente apenas entender o consumidor. É preciso tentar imaginar como ela vai se comportar. Isso é a empatia! Esse exercício é preciso ser feito no dia-a-dia.
Pesquisa sobre o consumidor é um ponto de partida e não a solução para tudo.

Como acontece, na pratica, a colaboração dentro do processo criativo?
Analogia: revezamento 4x100 na natação. Essa é uma visão linear, um trabalha, bate na borda e o outro começa a trabalhar: um não pode entregar o seu trabalho e dizer "minha parte eu já fiz"

O trabalho de criatividade é mais parecido com o revezamento 4x100 do atletismo. A zona de passagem, quando 2 corredores correm juntos para a passagem é o que faz toda a diferença. Não se entrega o planejamento e diz "agora é com você" um depende com o outro, o ideal é entregar o planejamento e dizer, "agora é conosco" ambos (Planners e criativos) buscam o mesmo objetivo: a ideia!
Ideias tem que ser estratégicas, criativas e execucional.
Ideias estratégicas é onde a responsabilidade é do planner. Tem que resolver o problema do cliente
Ideia criativa é a zona de passagem, é onde surge a ideia na conversa entre Planners e criativos.
Ideias execucionais é responsabilidade da criação

Brief não vai para a rua. Ele e o começo do trabalho.
Planners trabalham no campo das ideias. Somos responsáveis por isso junto com a criação
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Abraços
Felipe Morais
@plannerfelipe

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Redes Sociais para pequenas e médias empresas

Amigos.

No último dia 10 de Fevereiro, eu palestrei a convite do Sebrae na Campus Party 2012. O tema da minha palestra foi REDES SOCIAIS PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS, pois o Sebrae atua com esse público, entretanto, eu fiz uma palestra mostrando que micro, pequenas, médias, grandes, gigantes, enormes, multinacionais TODAS as empresas devem estar nas Redes.

Segue a palestra em 2 partes, que eu já disponibilizei no meu SlideShare e na sequencia um vídeo meu de 40 segundos resumindo a palestra.

Redes Sociais para pequenas e médias empresas - Parte I


Redes Sociais para pequenas e médias empresas - Parte II


Vídeo resumindo a palestra

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quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

A palhaçada da Runner

Amigos

A cada dia que passo, eu vejo como cada vez menos as marcas estão sabendo o que é comunicação e o poder das Redes Sociais contra elas. Acho que a noção de que uma Rede Social pode destruir uma marca ainda não passa pela cabeça de alguns gestores, que as vezes, até gostam que suas marcas sejam detonadas nas redes, pois assim "as pessoas estão falando de mim".

Uma marca, quando vira Trend Topic, com certeza gera aumento da visitação do site. Para aqueles que são míopes em marketing digital, vão analisar o Google Analytics e dizer ao diretor: "olha, os acessos do site subiram".

E a conversão??? Ninguém se preocupa com isso. Essa taxa, a chamada Taxa de Curiosos, só serve para deixar relatório de Analytics bonito. Não gera nenhuma conversão e claro, que esses míopes vão dizer: "eu sempre disse que internet não dá resultado..." Saiba fazer, que dá!

Começo do ano é sempre cheio de "tendências para o ano tal" em tudo. Em marketing, comunicação, digital, gastronomia, moda, carros... mas quando vamos abrir os olhos para que a maior de todas as tendências deveria ser "cada vez mais, entendemos o nosso consumidor" e nos comunicamos da forma que ele quer ouvir!

Isso nem deveria ser tendência e sim uma prática na comunicação, mas será que isso tem sido feito? Como diria Michael Kyle (Eu, a Patroa e as Crianças) "ééééééééé...dão"!!! (com D mesmo).

A Runner, uma das maiores redes de academia do país, me sai como uma campanha ao estilo "vamos ser engraçadinhos para gerar audiência". Mas o que eles conseguiram?

A imagem (ao lado) por si só já parece preconceituosa, mas se tiver uma frase bem criativa. Repito, BEM CRIATIVA, pode até ser engraçado sem passar dos limites mas esse não foi o caso da Runner. A frase, aliás parabéns ao redator, equipe de criação e troféu "joinha" ao cliente que aprovou isso era sutil:

"Neste verão, você quer ser a sereia ou a baleia" Pronto, está feita a m... Eu vi esse anúncio há 1 hora mais ou menos e quando fui ver de novo, mais de 48 mil pessoas ja tinham compartilhado.

Estamos diante de uma nova "Brastemp com Oswaldo Borelli"? Espero que sim, pois uma marca que trata as pessoas dessa forma, tem que ter sérios prejuízos!!

Será que só de sarados e saradas vive a Runner? Será que as pessoas fora de forma não as procuram para entrar em forma? Ou seja, esse público que procura para entrar e não manter a forma, é uma baleia?

Eu nunca fui aluno da Runner e jamais serei. Sou do time que não gosta de academia. Nunca gostei, mesmo já tendo feito algumas. Nunca tive nada contra a marca, mas é um gosto pessoal!

Costumo brincar que eu prefiro exercitar o cérebro do que o tríceps, biceps, coxas e abdomen. Confesso, mesmo sem beber, que sou um magro com barriga de chopp. Mas estou bem assim, estou feliz em vários aspectos como pessoal e profissional.

E quem se preocupa com o visual? Quem está agora procurando uma academia para entrar em forma, e vale ressaltar, que entrar em forma é ficar com o corpo que a pessoa quer, pode até ser o da Helen Roche ou do Márcio Garcia, sei lá, depende do objetivo da pessoa.

Essa pessoa vai na Runner, depois que essa a chamou de baleia? Eu jamais iria entrar em um lugar que me xingasse, aliás, se eu fosse aluno da Runner, sairia hoje mesmo! Se eu sou uma baleia, para que você me quer?

Mais de 48 mil pessoas compartilharam no Facebook essa imagem com um texto detonando a campanha. Que marketin é esse? Marketin negativo para uns, marketing imbecil para mim!

Aposto que nesse momento tem gente comemorando que o site está dando "picos de audiência", bobeira! Analise a performance do site. Se eu pudesse dar um conselho a Runner, monitore TUDO o que estão falando e lance uma campanha AGORA pedindo desculpas. Se eu fosse a Reebok ou a Cia Atléthica sairia com uma campanha amanhã nas redes dizendo que se preocupam com a pessoa e não com a sua forma física!

Fico feliz em ensinar aos meus alunos que em primeiro lugar se deve entender e respeitar o consumidor, são esses consumidores que nos amam ou odeiam, no compram ou fazem força contra para comprar da concorrência. São esses consumidores que pagam os salários das empresas, agências, produtoras...

Pois é, "Dona Runner", quem mantém sua estrutura, professores, dá dinheiro para suas campanhas e para os luxos dos donos, são as baleias!!!

Abraços
Felipe Morais
@plannerfelipe


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domingo, 5 de fevereiro de 2012

Taxa de curiosos é ruim

Amigos

Não é raro ver relatórios para os clientes apresentando uma taxa de crescimento no site de 20,30 ou até 300% em um curto período. Em um primeiro momento tem que se comemorar mesmo, mas ai vem a minha pergunta, quanto desses novos usuários são pertencentes a “taxa de curiosos”? Como profissional de planejamento estratégico digital, não posso me preocupar com o crescimento de acessos ao site ou seguidores no Twitter. Tenho que me preocupar quanto desse aumento vai virar um lead, vai converter.

É óbvio que quanto mais pessoas acessam o site ou se relacionam com a marca via Redes Sociais maiores são as chances de termos leads, por isso, que disse no parágrafo anterior que em um primeiro momento é preciso comemorar o aumento dos acessos, mas devemos entender o por que isso aconteceu. Vamos a um exemplo.

Eu sempre dou esse exemplo nas minhas aulas de Planejamento Estratégico Digital, e faço isso por ser um dado aberto, algo retirado do Google AdPlanner. Quando eu atendia a Mercedes-benz, pouco antes do Salão do Automóvel fomos avaliar os acessos dos sites da concorrência: Honda, Toyota, Hyundai, BMW e Audi. Usamos a ferramenta do Google. Todos os sites tinham o mesmo comportamento, até os acessos eram muito parecidos, porém o site do Audi teve um pico muito grande, em apenas um dia. Me lembro o dia: 18/10.

Eu era o planner da conta, mas como sempre prego jamais trabalho sozinho. Avaliei esse pico com o pessoal de métricas, mídia, criação e atendimento. Ao primeiro momento foi dito que o pico se devia ao fato do Salão do Automóvel estar chegando (faltavam 2 dias para a abertura do evento), mas como só a Audi tinha esse pico, se todas as marcas estariam no evento? Mais uma vez, o Google nos ajudou com o Google Notícias: Naquele dia, o apresentador Luciano Huck havia comprado o novo Audi A8, sendo o 1º a comprar esse novo modelo no país.

Sites de fofoca publicaram em peso o apresentador sentado ao lado do diretor da marca em frente ao carro. O pico do site foi 100% de taxa de curiosos! Para o relatório, um sucesso. Para o planejamento, uma ação que gerou visibilidade da marca e pronto.

Quando vejo que em média, para mega varejistas, a taxa de conversão (compras efetivadas) é de 2% percebo a importância de se entender a taxa de curiosos. A cada 100 pessoas que entra em algum site de varejo online, 2 efetivamente compram. Vamos supor que 5 compram e 3 não efetuam a compra por algum problema no cartão (exemplo). Somente 2 pessoas compram! Olha o esforço que deve ser feito em marketing e comunicação para chegar a números que paguem a estrutura, sendo que apenas 2 (reforço esse número) pessoas compram, a um ticket médio de R$ 500,00.

Taxa de curiosos só é bom para fazer número bonito em relatório de analytics. É preciso sim atrair as pessoas para o site, tal qual a Audi fez – aliás essa ação da Audi foi mais uma ação de mídia espontânea do que para o site, mas vale como exemplo – porém, mais do que isso é preciso saber como fidelizar essas pessoas dentro do site e em um futuro, de preferência próximo, a transformar em um lead. Na ação da Audi, por exemplo, as pessoas que divulgaram o link podem ser consideradas leads, pois essa foi uma das intenções, porém, como manter dentro do site ou manter o relacionamento com a marca?

Primeiro passo é abrir para as Redes Sociais e Newsletter. São as formas mais simples de se manter o relacionamento ao longo do tempo. Eu prezo muito a simplicidade na comunicação e se a marca fizer bem isso, já está dando um grande passo. O segundo passo é conversar com as pessoas que se abriram para o relacionamento. Em seguida meça os passos e veja quem converteu, lembrando que a conversão depende do objetivo do site.

Em resumo, a taxa de curiosos é boa no primeiro momento, atrair o máximo de pessoas para o site ou Rede Social. Se a marca não souber se relacionar, vai continuar a ser uma taxa de pessoas que entraram no site – sentiram esse desejo – mas que saem do site sem se relacionar com a marca. Para a marca, serve para que?

Começa essa semana (07,08 e 09) o meu curso de PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DIGITAL na E-commerce School (SP). São 12 horas de teoria, exercícios e muita troca de informação. As aulas podem ser presenciais ou online de forma simultânea. Interessados clique aqui ou podem mandar e-mail para elaine@ecommerceschool.com.br para tirarem dúvidas. RESTAM POUQUÍSSIMAS VAGAS!!!

Abraços
Felipe Morais
@plannerfelipe

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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Redes Sociais. Cuidado, nem sempre uma boa ideia dá resultado.

Amigos

Redes Sociais é um perigo!
Se você ainda não está atento a frase acima, tome muito cuidado ao entrar com uma marca nas Redes Sociais, pois mesmo tomando muito cuidado, ainda sim, uma mensagem mal interpretada pode gerar um fato negativo para as marcas. Vale lembrar, que hoje dificilmente uma marca não está nas redes, pois algum funcionário ou consumidor já a colocou lá, entretanto, nem todas estão oficialmente, e nesse caso é um grande perigo.

O site ADNEWS publicou recentemente uma matéria sobre uma ação do Mc Donalds que a princípio tinha tudo para ser uma ação benéfica para a marca, com boas chances de ser um sucesso. O conceito era o que muitos avaliam como ser o correto: Estimular que o usuário gere, espontaneamente, um conteúdo para a marca, divulgando uma hashtag que dissemine a marca pelas Redes, impactando os seguidores desse usuário e ampliando o impacto da marca pelo Twitter. Tudo de forma gratuita e com o aval desses usuários. Perfeito.

Dificilmente algum diretor de marca reprovaria uma ação dessas, ainda mais, porque a ação do Mc Donalds no Twitter estava ligada a comunicação da marca, ou seja, era uma ação que envolvia a comunicação 360º para ampliar o impacto da mensagem que a marca queria passar, porém, infelizmente – e digo isso pois ações assim são ruins para quem trabalha com Internet, afinal, já é difícil convencer que Internet dá resultado – a ação não foi benéfica para a marca.

No Twitter, o Mc Donalds, divulgou um produto novo McD Potato. A frase dizia “Quando nós fazemos algo com orgulho, as pessoas podem saboreá-lo – McD potato supplier #McDStories”. A Ideia era promover o Mc Donalds Stories, que é um movimento para promover histórias emocionantes de pessoas em torno da marca, ou seja, fazer com que as pessoas possam contar histórias próprias via Twitter de bons momentos que passaram com a marca, mas não foi bem isso que aconteceu e aqui vale ressaltar a importância de se mensurar tudo o que se fala ou faz das marcas nas Redes Sociais.

Poucas pessoas entraram na onda e falaram de suas histórias. A grande maioria dos tweets foram de protestos contra a marca. Funcionários da rede entraram na onda. Clientes reclamaram de tudo, até do conservante em lanches e abate de animais. Segundo o diretor de mídia sociais da marca, em 1h eles perceberam a repercussão e mudaram o rumo da campanha. Isso só é possível com mensuração minuto a minuto.

Esse artigo é mais um exemplo de como uma ação que tinha tudo para ser um sucesso, uma ação de relacionamento, de interação com o usuário, de entendimento do perfil do público, deu errado pois os críticos de plantão preferiram detonar uma marca, isso é comum acontecer com marcas fortes e grandes como o Mc Donalds, por isso, se você cuida de uma marca desse porte, tome o triplo de cuidado.

Nos dias 07,08,09 de fevereiro darei meu curso de 12h de PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DIGITAL na e-commerce school. esse curso poderá ser feito presencial ou online. Clique aqui e tenha mais informações.

Abraços
Felipe Morais
@plannerfelipe

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