Acabou a criatividade brasileira?
Amigos
Nem só de futebol e
carnaval o Brasil vive ou é reconhecido no exterior. Há tempos, somos uma das
maiores potenciais mundiais na propaganda!!! Graças a Washington Olivetto,
Nizan Guanaes, Fábio Fernandes, Marcelo Serpa, João Levi, Jaques Lewkowicz, Rui
Branquinho, Marcos Versolato entre outros brilhantes criativos, estivemos
sempre entre os primeiros na publicidade mundial, e isso não somos nós, brasileiros,
que falamos e sim os Leões de Cannes, maior reconhecimento da publicidade
mundial, que as nossas agências sempre trouxeram dos festivais.
Eu costumava a dizer,
que se os EUA sabem fazer marketing aqui no Brasil sabemos fazer propaganda!!
Hoje, eu repenso essa frase. Poderia escrever um livro, aliás já tem alguns
sobre o tema, apenas sobre propagandas nacionais de tantas propagandas
memoráveis que temos. Apenas por citar “bonita camisa Fernandinho”, “isso não é
uma Brastemp”, “Hitler na Folha”, “desce redondo” na sua mente já vem os
comerciais. Verdadeiros clássicos que não só venderam produtos, mas caíram na
cultura popular.
O que eu tenho visto,
aliás não só eu, mas a opinião de outros profissionais, são comerciais de
péssima qualidade que ao ver, além da famosa “vergonha alheia” podemos pensar
na velha e clássica piada do mercado “isso foi criado e aprovado por estagiários”.
Nada contra a figura do estagiário, papel que exerci por 4 anos com muito
orgulho, mas o termo significa inexperiência e é o que parece que está
acontecendo na propaganda nacional, as agências, que exigem tanto do
profissional de criação na sua contratação, onde estagiário tem que ter um
portifólio rico, saber mexer em 10 programas, ter faculdade de ponta, ter feito
cursos extras, ter morado fora, saber o nome de 300 sites de referência, livros
e revistas na hora de executar, parece que a exigência pela qualidade está
sendo deixada de lado. Onde estão todas essas referências? Guardadas em uma pasta
do seu Mac de 22 polegadas?
Conversando com
alguns amigos de grandes agências, o panorama da propaganda nacional não está
com perspectivas de melhora, infelizmente! Pensei que o recente festival de
Cannes pudesse iluminar as mentes criativas brasileiras, mas pelo o que eu tenho
visto, não é bem assim. Confesso, vejo pouca TV, pois para mim ela morreu, não
pela sua potencia como mídia, mas pelo seu conteúdo: Esquenta, Novela, Luciana
Gimenez, João Kleber, Panico, Mulheres Ricas, Ratinho, Datena, Marcelo Rezende
e vamos parar por aqui para não transformar esse post em um filme de terror!!!
Isso tem feito que eu veja cada vez menos TV e por isso cada vez menos
comerciais.
Posso nivelar a TV
por baixo, muito graças a baixa qualidade dos programas, e pergunto: Será que
isso está refletindo nos comerciais? Seria muito legal poder usar esse post
para dizer que as marcas devem migrar para a web, pois a TV morreu e os
comerciais criados pelas agências mostram essa morte, mas iria contra minha
filosofia em dizer que todas as mídias tem a sua importância e relevância e que
a mídia A nunca matará a B ou a C. O que está matando a mídia é a qualidade dos
comerciais que estão sendo criados e o que mais dá medo: por grandes agências
para grandes anunciantes... Quer exemplos? Vamos a eles:
Axe Astronauta
Etios Astronauta
Cookie Top Consul
Ypioca com John Travolta
Embratel ilimitado
Claro TV
Não sei vocês, mas para mim, Etios e Cookie top estão liderando as piores campanhas dos últimos anos...
Abraços
Felipe Morais
@plannerfelipe
Investir em 80% no online. Tendência ou se arriscar muito?
Amigos
Segundo a matéria, a FGV fez uma ação em 2011 onde cerca
de 37% do investimento foi para a web, 28% para a TV e 35% para impressos, já
há 2 anos atrás, o investimento no online já era não apenas o maior da
universidade, mas também, um investimento bem maior se analisado com o mercado,
que investe em média 10% da sua verba de propaganda no online. As Redes
Sociais, naquela época, já demonstrava mais resultados de conversão do que as
outras mídias.
Esse sucesso não é algo muito novo, uma vez, que o
vestibular da graduação da FGV visa atingir jovens de 17 a 20 anos, Classe A
(uma vez que normalmente os pais pagam a mensalidade que gira em torno de 2,5
mil reais) e segundo diversas pesquisas, o jovens estão mais na web e celular
do que na TV, a FGV então decidiu criar uma Fan Page (com mais de 196 mil fãs
no momento que escrevo esse artigo) sobre o vestibular, altamente focada, e
realocar a verba de TV para a web, assim, potencializou a internet como canal
de mídia, ampliando os resultados do vestibular. Ao final, 130% a mais de
acesso e 19% a mais de inscrições no vestibular. Ao meu ver, uma ação de
sucesso.
Sou o primeiro a defender que a comunicação é 360º e que
por isso não devemos colocar todos os ovos na mesma cesta, ou seja, não é
investir única e exclusivamente no mesmo canal, mas de acordo com o seu
público, dedicar uma parte maior da verba em um canal do que no outro, ai sim,
isso é bem interessante. No caso da FGV também, é preciso avaliar que com o
dinheiro revertido da TV para o online, o potencial de segmentação foi muito
maior, assim, a marca conseguiu falar com quem deveria falar, outro fator
positivo é que a mídia da web é mais barata que na TV, ou seja, se consegue
impactar mais pessoas gastando as vezes menos.
Como profissional de planejamento, é interessante ver
como esse case se preocupou em analisar 2 fatores: métricas de campanhas e
perfil de público, não apenas “ambos 17 a 20 anos, classe A de São Paulo” mas
entender o quanto o jovem se preocupa em buscar informações na web antes de
tomar uma decisão, porém, é difícil se aprofundar nessa análise case, uma vez
que eu não estava dentro do processo, mas pela minha humilde opinião é um case
muito interessante de analisar!
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Abraços
Felipe Morais
@plannerfelipe
Conhece o L.A.S.T? Ele pode fazer diferença no seu negócio
Amigos
No último dia
01 de Julho, assisti a uma palestra do Alexandre Slivnik autor do livro “O
poder da atitude” em um evento do Grupo Impacta para lançar o MBA de NegóciosDigitais, que também contou com a presença de um dos professores do curso,
Roberto Shinyashiki, que falou, assim como Slivnik, sobre liderança e gestão de
pessoas. Enquanto Roberto usou o Rock como tema da sua palestra, Alexandre
contou o case de Disney, que surgiu para ser um lugar mágico e é. Quem teve a
oportunidade de ir até lá sabe o que estou dizendo, crianças, jovens, adultos e
idosos voltam a serem crianças e ficam felizes em tirar foto com o Mickey. Mas
não é só isso que faz a Disney ser o que é.
Um dos pontos
da palestra do Alexandre que mais me chamou a atenção foi o L.A.S.T que segundo
ele, que estudou a fundo esse mundo mágico para o seu livro, é um dos segredos
do sucesso da Disney, que é a marca que é por que se preocupa com o que muitos
esquecem: o cliente!!! Em uma recente palestra do Renato Mendes da Netshoes que
tive a oportunidade de assistir também na Impacta, o executivo mostrou como a
empresa pensa no comportamento e experiência de consumo. Se a Disney influencia
a Netshoes, não sei, mas são cases de empresas que cresceram muito rápido em
seus segmentos com essa filosofia.
O L.A.S.T
significa Listen, Apologize, Solve, Thank, em bom português, Escute, Peça
Desculpas, Resolva e Agradeça. Para a Disney, problemas não são algo
preocupante, são maneiras de melhorar o seu atendimento, sua empresa, seu
negócio. Nenhum negócio nasce pronto e ele vai, ou precisa, ir evoluindo com o
tempo. Essa evolução passa muito por ouvir o seu cliente, entender e resolver.
O L.A.S.T
significa que é preciso em primeiro lugar ouvir. Alexandre contou casos onde
ele teve pequenos problemas na Disney e que sempre que ia conversar, em nenhum
momento o atendente era grosso, olhava feio ou cortava suas palavras. Algo
“muito similar” aos atendimentos 0800 que temos aqui com operadoras de
telefonia e TV a cabo...
Independente
do que aconteceu, após ouvir, o pessoal da Disney pede desculpas pelo o
ocorrido. Mas não é apenas pedir desculpas e sim resolver o problema, seja ele
qual for. Ao final, agradeça! Sim, agradeça ao consumidor pela oportunidade que
ele lhe deu de identificar um problema e resolver!!!
“Entenda as necessidades do cliente. Crie
empatia! Quanto maior e melhor a experiência de compra, mais valor podemos
colocar no produto” segundo Alexandre, quanto mais entenderemos nosso
cliente, mas podemos cobrar pelos produtos, mas não única e exclusivamente por
que nosso produto pode ser caro, mas por que as pessoas terão experiências
únicas na compra.
Os
endinheirados pagam milhões de reais por uma Ferrari pelo simples prazer de
andar com ela pelas ruas? Não, por que ao ligar o carro, 500 cavalos de
potencia são acionados fazendo um barulho que só a Ferrari tem, por isso, pode
se cobrar mais caro. Não apenas pela marca Ferrari, que é fortíssima, mas pela
experiência que nenhuma outra marca proporciona!
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segredo para criar experiências únicas? Ouça seu consumidor primeiro!
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Abraços
Felipe Morais
@plannerfelipe