quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

O que são os Virgins Consumers?

Amigos


Se você é planner e não assina a newsletter da Trendwatching está perdendo grandes chances de entender mais sobre comportamentos de consumo, algo extremamente importante para o nosso trabalho de planejamento. Eu, particularmente, acredito que o grande diferencial de uma estratégia digital não está em saber como usar uma ferramenta digital como o Google ou o Facebook e sim entender como o seu consumidor a usa e como você será estratégico o suficiente para fazer a sua marca ter sucesso nesse comportamento. Sim, é mais complexo do que parece e por isso que planejamento é tão fascinante.

O estudo da Trendwatching mostra que cada vez mais as pessoas estão experimentando o novo. E estão gostando disso. Com a avalanche de novidades que cai em nossos colos todos os dias como aplicativos, restaurantes, programas de TV, celulares, tablets, cada vez mais as pessoas estão com o desejo de experimentar, testar, comer, ir ao local. Quanto mais intuitivo e divertido for, mais será aguçada a vontade do consumidor em experimentar o novo e claro, repercutir isso nas Redes Sociais.

Segundo o estudo, o que impulsiona esse consumidor é um força chamada Newism, um conceito em que o novo se tornou positivo. O mundo inteiro está lançando novidades e na era onde a tecnologia está cada dia mais avançada, o consumidor anseia por novidades. Nunca se falou tanto na palavra “inovação” como hoje. Há empresas que contratam uma pessoa apenas para ser o gestor ou gerente de inovação, seja em produto ou em comunicação e marketing.

Você já imaginou um supermercado que não tem produtos e sim uma prateleira virtual onde por QR Code você compra o produto e o mesmo é entregue na sua casa? A China já e os chineses correram para testar essa novidade, está ai o Newism chinês. Esse é um dos vários exemplos que podemos dar, como outro exemplo, o relógio celular japonês. 

O estudo divide em 2 grupos: Eager Virgins, que possuem o forte desejo pelo novo e precisam ser, pelas marcas, periodicamente estimulados a buscar o novo, entretanto, para esse grupo, não basta a marca mencionar que é uma novidade. Precisa ser e precisa, também, ser algo que agregue e mude a vida deles. Honestidade e transparência das marcas é algo importante, e levamos isso para como as marcas devem se portar hoje, afinal, em época de Redes Sociais, um erro pode ser fatal.

Já os Experienced Virgins são os considerados “virgens, mas nem tanto” pois eles já conhecem os produtos e como consumir, porém, estão a espera de novidades que sejam ainda mais relevantes a sua vida. Enquanto os Eager Virgins experimentam de tudo, os Experienced selecionam mais, esperam das marcas uma transparência total em relação a ética e processos de negócios. Talvez, esse grupo jamais compraria uma roupa da Zara, mesmo que fosse uma grande novidade, devido ao escândalo do uso de escravos na produção de roupas e tecidos da marca.

O planner precisa, cada vez mais, se colocar no lugar do consumidor para entender como impacta-los, por isso, o estudo indica pensar de forma simples, ou seja, como se o seu consumidor não tivesse a menor ideia do que é a marca ou produto: Mantenha a simplicidade, Explique a sua marca, Não exija compromisso – isso poderia valer as operadoras de celular que adoram atrelar seus consumidores com planos de 12 meses.



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Abraços
Felipe Morais
@plannerfelipe


quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

O que está acontecendo com a mídia offline?


Amigos

Em 02 de Novembro de 2012, o Jornal da Tarde com mais de 42 anos de história foi descontinuado pelo Grupo Estado, dias depois, o Jornal Marca, do grupo Português Ejesa não circulava mais nas bancas de São Paulo e Rio de Janeiro. O Grupo Estado, ainda, divulga na imprensa que os investimentos em conteúdos online serão ainda maiores nos próximos anos. Um dos maiores jornais do mundo, Financial Times, se reestrutura com foco nas plataformas digitais. Em 2010, o vídeo “A revolução das mídias sociais"  dizia que 24 dos 25 maiores jornais do mundo – e o Financial Times se inclui nessa lista – estava perdendo circulação a uma velocidade espantosa. E isso para ficar apenas nesses veículos...

O que acontece, é que o mundo está cada vez mais digital e é preciso se ater a isso. Parece uma frase batida, que há 10 anos atrás ouvíamos, mas que muita gente ainda não percebeu. Com a quantidade de informação que temos hoje em dia, está se criando um comportamento onde temos o desejo de saber tudo e agora. Não ter visto um vídeo no YouTube, como Gangstam Syte, por exemplo, é ficar fora da sociedade. As pessoas estão fazendo mais coisas nas mesmas 24h que há 20 anos atrás era possível fazer tudo e ainda sobrava tempo, estamos estudando mais, lendo mais, trabalhando mais e até nos exercitando mais, com isso, o tempo está diminuindo e por isso está se tornando um bem precioso. 

Dessa forma, as pessoas não tem mais tempo a perder e a velocidade da informação está em um nível nunca antes visto, logo, somados esses 2 fatores percebemos o por que de mídias impressas como jornais e revistas estarem com a circulação tão em queda: tempo. Por exemplo, seu time joga nesse momento em que você lê esse artigo. Você vai esperar até o dia seguinte para saber se o time ganhou, quem fez os gols, como foi a partida? Não. Você vai ouvir o rádio. Mas e se você está no trabalho? Acessa a internet e pode ler uma narração minuto-a-minuto do site, ouve em um aplicativo de rádio, acompanha no Facebook os comentários e até consegue ver o gol, 5 minutos depois do mesmo ter saído.

No dia seguinte, o jornal vai apresentar as informações do jogo, claro, mas você já soube o que aconteceu, viu as imagens, os lances e até os comentários da partida, tanto dos profissionais como dos torcedores via Facebook. A mídia offline precisa, urgentemente, entender que o digital será o seu presente e não mais o futuro. Só para se ter uma ideia, o Brasil deverá ter mais de 100 milhões de smartphones até o final de 2013 e tablets terão seu recorde de vendas no país esse ano. Por que as pessoas compram smartphones ou tablets? Para consumir mídia! Seja aplicativo, notícia, foto, mapas, MP3, jogos. Tudo é mídia digital.

Ainda hoje, vemos os veículos patinando no digital. Aplicativos que não funcionam, textos longos que não são a linguagem da web, sites que abrem no celular mas não são desenhados para o celular, sites que só abrem no Explorer. Enfim, o digital não vai matar o offline, jamais, mas vai se tornar o principal ponto de contato entre a marca e seus leitores. E você, veículo, está preparado?

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Abraços
Felipe Morais
@plannerfelipe

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Importância do diagnóstico no processo de planejamento

Amigos.

Feliz 2013.
Que esse ano seja repleto de alegria, projetos e muito sucesso a todos.

Esse 1o artigo do ano é um resumo de um capítulo do meu livro, Planejamento Estratégico Digital, que estou reescrevendo e devo lançar ainda no 1o semestre de 2013. O antigo, não existe mais.


Dentro do processo de planejamento, uma parte de extrema importância é pesquisar tudo o que for possível da marca em todos os cenários. Sempre falo nas minhas aulas de planejamento que durante toda a aula os alunos vão ouvir as palavras “consumidor” e “pesquisa” até o final, pois são 2 pilares que dão o direcionamento, ou pelo menos deveriam dar, as estratégias das marcas.

O diagnóstico é uma parte muito importante dentro do planejamento, pois é nesse momento em que se levanta os problemas que a marca possui. Confesso que usava pouco esse recurso, mas depois de algumas reuniões excelentes em que usamos (a agência) esse recurso, comecei a repensar em minhas estratégias esse levantamento prévio. Na verdade, eu já fazia na parte de pesquisa do cenário, mas é interessante apresentar ao cliente os pontos em que dentro da pesquisa, você avaliou ser os que precisam ser melhorados.

Vamos supor que você vai avaliar um site de e-commerce. Dentre a pesquisa do cenário de e-commerce que você fará, analisando números, concorrentes, produtos mais vendidos, mais buscados e comportamento de consumo, há o fato de você avaliar quais as melhores práticas do mercado, que talvez, o site que você esteja avaliando não esteja fazendo. Por exemplo, algo clássico que tenho visto, são e-commerces de pequeno e médio porte, deixando de lado o telefone de contato e apresentar diversos meios de pagamento. Só isso já iria elevar as taxas de conversão, pois são boas práticas em vários e-commerce.

No momento do diagnóstico, você poderia apontar que um dos erros do site é não mostrar esses 2 itens básicos. Em uma defesa, apresentar que, por exemplo, algumas empresas de meios de pagamento afirmam – por pesquisas próprias – que pode se elevar em 5% a taxa de conversão apresentando todos os meios de pagamento. O diagnóstico é levantar as possibilidades que você, como planner, acreditam estarem erradas ou incompletas com foco em melhorar a performance da marca.

Dentro desse conceito de “performance” é sempre bom entender que o “eu acho” não existe, ou seja, não levante uma hipótese baseado em “eu acho que o azul não combina com o produto do cliente”. Se pesquisas mostrarem isso, se o consumidor disser, se as métricas do site afirmarem, ok, é um ponto a ser analisado, do contrário, “eu acho” não cabe mais na propaganda; outro ponto, é que planners estão sempre buscando a melhor performance da marca, ou seja, precisamos não apenas levantar o diagnóstico do que o site, mas entender na estratégia do negócio se esses levantamentos vão ajudar na melhora da performance ou não. E claro, acompanhar dia-a-dia o seu planejamento.

É sempre importante frisar, que o diagnóstico é feito de – em um primeiro momento – “achismo”. Sim, em um primeiro momento, no momento de mapear o site, cabe o “eu acho”, mas na hora de formular uma estratégia, eu aconselho deixar o achismo de lado e partir os estudos que vão direcionar o “eu acho” do que realmente o site precisa. Cabe ao planner definir muito bem isso.

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