domingo, 27 de março de 2011

Ouvir a revenda é importante!

Amigos.

Estou compartilhando aqui no Blog algo que aconteceu comigo na semana passada. Estou participando de uma concorrência e um fator mudou tudo na minha estratégia. Fiquei muito empolgado com isso, mudei todo o rumo do planejamento no mesmo dia

Nas minhas aulas e palestras eu sempre falo para meus alunos que nós planners temos que sair da frente do computador para entender quem realmente são nossos consumidores. Quem teve aula comigo já viu eu usando a foto da 25 de março para ilustrar a frase "o povo está na rua, não apenas atrás do computador. TGI, Marplan, ComScore, Ibope são ferramentas maravilhosas, mas falar com o consumidor, olho no olho, vale muito mais a pena!"

Essa semana o que aconteceu foi isso. Dificilmente agências digitais possuem ferramenas de pesquisa como as acima comentadas. São caras e nem sempre o online tem a mesma importância para o cliente que o offline, logos os imvestimentos são menores. Mas esse é um assunto para outro post.

Fácil falar. Dificil fazer. Estava com o brief na mão e estudando o possível público de um determinado produto.

Na minha percepção era um tipo de público. O produto passa essa impressão. Comecei a estudar a fundo o público, conversei por 2 vezes com o cliente que disse Ok ao esteriótipo que tinha feito, ao modelo que usei como persona.

Acreditava estar no caminho mais do que certo. Cheguei a achar um estudo sensacional de uma tese de mestrado da USP sobre esse público para defender as impressões. Estava feliz, todos tinham aprovado o meu perfil de público, porém, essa semana tudo mudou.

Pedi ao cliente para que fosse a uma loja conversar com o gerente geral. A loja tem uma representividade enorme no faturamento da marca e esse gerente está na loja desde o começo, ou seja, cada pessoa que passou na loja ele conhece. Cada um que comprou o produto ele sabe quem é. Chamei uma pessoa da criação e fomos entrevistar esse gerente.

Logo de cara, sem fazer nenhuma pergunta ele me disse em tom de brincadeira que um determinado público que todo mundo acha que compra o produto nem passa perto da loja. Gelei, pois era exatamente o perfil que tinha desenhado.

O gerente então começou a me falar quem era o real comprador do produto e me mostrou 10 pessoas que estavam na loja comprando. Todos o mesmo perfil de idade, bem acima do que eu imaginava. Chamou na sala 3 vendedoras, que ganharam prêmios em 2010 como as 3 melhores vendedoras do Brasil e todas foram unânimes em afirmar quem compra o produto, porque, quando, como usam, como indicam e como chegam a loja.

Todos nos informaram até as dúvidas, desejos e anseios dos consumidores e as necessidades que eles (lojistas) tem para fazer com que aumente o fluxo nas lojas. Isso é geral para todas as unidades da marca no Brasil. Eles conversam muito em convenções e trocam experiências por e-mail com outros gerentes.

Vivenciei ali, na loja, por cerca de 1h, o que acontece na vida real. Voltei para a agência muito empolgado e o criativo também. Sentamos com a equipe do projeto, passamos as impressões e o que nos foi dito. Mudamos o planejamento, estamos mais confiantes e apoiado em vivência!

Bom, escrevi recentemente um artigo sobre o tema no site CHMKT, espero que possa complementar esse post.

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Abraços
Felipe Morais
@plannerfelipe

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quinta-feira, 17 de março de 2011

Consumidor 2.0

Uma pergunta corriqueira para os profissionais de marketing é: “Quem é o consumidor 2.0? O que faz, o que gosta, o que deseja e como compram?” São dúvidas que vem crescendo a cada dia, ainda mais quando esse consumidor está cada vez mais presente no cotidiano das marcas.

Pesquisar, entender, analisar e definir quem é o público-alvo de uma campanha é um dos papeis fundamentais do profissional de planejamento dentro de uma agência, por isso, cabe a nós, entenderemos e definirmos para as marcas com as quais trabalhamos quem é esse novo consumidor.

Para começar essa definição, que parte muito do meu “feeling” e do que tenho visto no mercado, podemos pensar em uma recente, mas já clássica campanha de consumidor 2.0, o Sr Oswaldo Borelli, um desconhecido no meio digital até o final de Janeiro do ano passado, quando resolveu reclamar de uma marca via YouTube e Twitter e acabou sendo Trend Topics mundial no Twitter. Hoje uma grande métrica para as marcas é estar no Trend Topics, mas é preciso tomar cuidado para não estar lá porque as pessoas estão falando mal da marca.

Em tempo, fica a dica aqui para você acessar o FUTURECAST e ouvir a entrevista que foi feita com o Sr Borelli sobre a sua situação junto à marca de geladeiras.

Voltando ao assunto, porque citei esse case como um consumidor 2.0? Porque quis passar que hoje, as pessoas estão cansadas de ligar no 0800 e ninguém resolver o seu problema e estão migrando para a web onde o barulho de uma queixa é muito maior. Basta analisar que no 0800 sou eu (consumidor) falando com um atendente (que nem sempre está totalmente preparada ou vai resolver seu problema), no Twitter sou eu falando com 800, 900 pessoas que me seguem e estão sendo impactas pela minha opinião de uma marca, seja ela boa ou ruim.

Outro papel do consumidor 2.0 é o uso da web na decisão de compras, sejam elas via site (e-commerce) ou em uma loja física. Estão cada vez mais exigentes e por um motivo simples até: estão com muito mais acesso a informação! Se um consumidor quer comprar uma TV ele vai em um blog e sabe qual a melhor marca, entra em um site de tecnologia e entende a diferença entre Plasma, LCD e LED. Pergunta a um amigo via Facebook qual ele indica, entra no Buscapé e busca o melhor preço e condição de pagamento, acessa o Reclame Aqui e vê se a marca da TV ou o site tem muitas reclamações e por fim decide a compra, seja ela no mundo online ou físico.

Importante, para fechar esse artigo, é mostrar que o consumidor 2.0 não é aquele que usa a Internet para pesquisa e sim aquele que usa a Internet para pesquisa, interação, entendimento, relacionamento, conversas, indicações (ele indica e recebe indicações), é aquele que usa a web como uma plataforma de comunicação, assim como as marcas usam – ou deveriam usar – a web 2.0, o consumidor já usa.

Fechar os olhos para isso é uma miopia enorme que pode acabar prejudicando a imagem da empresa!

Estão abertas as inscrições para a 3a turma da Pós Graduação em Marketing Digital da Faculdade Impacta de Tecnologia. Acesse aqui e saiba como você pode se diferenciar dentro do mercado de comunicação e marketing digital

Abraços e sucesso
Felipe Morais
@plannerfelipe

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terça-feira, 8 de março de 2011

Tenho Twitter. Posso ser um analista de Redes Sociais?

Amigos.

Esse artigo é direcionado a ajudar essa nova "safra" de publicitários que está chegando ao mercado. Um pessoal com muita vontade, que tem no seu DNA a Internet, que passa 8,10h por dia conectado mas que ainda não está preparado para entrar no mercado e ter uma responsabilidade de gerir uma marca nas Redes Sociais e vou explicar o porquê.

Eu vejo muito da culpa desse despreparo das próprias faculdades e universidades. Uma vez vi um vídeo no YouTube do Danilo Gentili (CQC) falando da faculdade que ele fez de comunicação.

Danilo, fazendo uma brincadeira disse que ao perguntar ao seu professor quanto custava um comercial na TV o mesmo disse "Depende. Na TV Tupi uns 50 mil réis..." acho que as faculdades pararam no tempo igual a piada de Gentili.

Os alunos, tem entre 17 e 21 anos, apaixonados por Internet, passam 90% do seu tempo nas redes então porque as universidades não falam com eles sobre o poder da web para vendas!

Me assustou recentemente conversando com uma estudante ela me dizer: "sim, eu estou nas Redes Sociais. Tenho perfil no Twitter, Facebook, Orkut e escrevo o dia todo lá". A pergunta que eu fiz foi: "você já pensou em usar o seu Twitter para vender Coca-Cola?" E a resposta foi: "não, nunca tinha pensado nisso".

Como uma pessoa quer gerir uma marca nas redes se não tem na mente o básico que é vender o produto pela rede!!! Claro, tem muito mais do que venda, mas esse é o princípio básico de uma ação na rede é gerar receita a marca, certo?

Outro dia uma pessoa me mandou um link do seu Twitter e Blog pedindo para eu analisar, para ver se ele estava preparado para concorrer uma vaga de assistente de mídias sociais de uma agência de médio porte.

Li várias mensagens como "galera, tô no Mc. O que vocês sugerem para mim comer", sim, MIM comer, ou "estou na casa da namo. Dá hora aqui". Legal, a SUA Rede Social é sua e você posta o que deseja, mas o que tenho visto e ficado com certo medo é o quanto essas pessoas dizem conhecer e estar preparadas para gerir marcas nas Redes porque tem uma conta no Twitter ou porque sabem jogar Máfia Wars no Facebook.

Pessoal, vamos além disso!
Marcas de carros tem um pátio com 2 mil carros estocados esperando que o seu Tweet mova o consumidor até a concessionária mais próxima. A Coca-Cola tem 23 milhões de pessoas em seu Facebook não atoa. Não achem que qualquer marca será o Charlie Sheen que consegue 1,2 milhões de seguidores no Twitter em 2 dias.

Sem querer fazer muito jabá, mas já fazendo, a Pós de Marketing Digital da FIT tem o objetivo de preparar esse pessoal para esse desafio. Como um tweet pode mover o consumidor até o ponto de venda ou mesmo até a loja virtual de uma marca?

Em resumo, pessoal, você que está começando na profissão e quer se dedicar as Redes Sociais estude, mas estude muito! Leia o André Telles, Martha Gabriel, Conrado Vaz, Claudio Torres, Julio Ribeiro, Philip Kotler. Aliás, devore as obras desses mestres. Estude muito, veja o que deu errado ou certo nas redes, estude muito e cheguem preparados as entrevistas.

Dizer "eu tenho Orkut e posso cuidar de uma marca nas redes" é MUITO PERIGOSO. Soube recentemente de um caso desses, uma pessoa que dizia saber tudo de Redes Sociais e na primeira semana fez tanta besteira que foi mandada embora porque 3 frases dela no Twitter da empresa quase causaram o famoso #fail, pois além da pessoa escrever como se estivesse escrevendo no seu Twitter quis parecer dona da verdade. Redes Sociais são RELACIONAMENTOS e isso só ocorre com respeito entre as partes e quando um fala o outro ouve, responde e vice-versa.

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Abraços
Felipe Morais
@plannerfelipe

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quinta-feira, 3 de março de 2011

Entrevista sobre Planejamento

Amigos.

Em Novembro passado dei uma entrevista sobre Planejamento Estratégico Digital para o site da
BitPress Comunicação. Na época, fiz amizade com o Glauco Menegheti diretor da empresa e cara fantástico.


A entrevista tem pouco mais de 5 minutos e eu sintetizo a aula que dei na Ecommerce School dando o exemplo de como foi construido o case da Pirelli e como resolvemos no meio da campanha quando a mesma não atingia os objetivos de vendas do cliente.

Quem se interessar, clique aqui e veja o link.

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Abraços
Felipe Morais
@plannerfelipe

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