Qual crise você está enxergando?
Amigos
Graças a Deus eu não estava perto de uma
televisão para ver o, recente, discurso mentiroso do maior ladrão que esse país
já teve! Pelo o que eu pude ler nos comentários na minha timeline do Facebook,
para ele, o país está ótimo, não há crise e sim uma campanha da elite.
Engraçado que os que mais sofrem nesse momento é exatamente a classe mais
humilde do país que está perdendo seus empregos e as suas “bolsa esmola”. Em
termos, ele até tem razão quanto a ter ou não crise, pois dependendo para onde
se olha, há mesmo uma crise?
Vejamos. Um grande amigo meu está com problemas para instalar internet a cabo em sua casa. A operadora agendou e não foi por mais de 3 vezes a sua casa. Ele está contando a "saga" pelas Redes Sociais. A operadora nada faz, não interage ou tenta resolver o problema dele. Apenas, deixa acontecer.
Uma outra operadora queria me cobrar uma fatura
de uso do seu sistema em Janeiro, sendo que eu cancelei em 15/12 seus serviços.
Em um mesmo dia, 3 pessoas do escritório de cobrança me ligaram para um acerto.
Em 3 momentos me passaram datas e valores diferentes, ou seja, para cada um que
me ligou eu devia um valor e tinha cancelado o pacote em um dia diferente. Há
sempre a culpa do “deu um erro no sistema...” a última das ligações, uma
mulher, com uma má educação de tirar o chapéu! Parabéns aos pais dessa menina.
Aliás, quando se está no metro se vê onde a educação do país está.
O Brasil ganhou o título de vice campeão de
atendimento mais antipático do mundo. O mercado literário no país está caindo,
pois as pessoas não estão mais lendo livros, uma vez que os posts do Facebook
são mais interessantes. Para que ler Umberto Eco, se o meu amigo revolucionário
do Facebook está fazendo um enorme post sobre economia uma vez que nem a conta
corrente dele, ele cuida???
Em sala de aula, o que tem de aluno que durante
a aula que fica no celular ao invés de prestar atenção no professor... Depois
esses, claro, são os primeiros a pedir nota, abonar falta ou pedir uma ajuda
para um trabalho em que não tiveram nota mínima. Quando posso, eu faço tudo o
que pedem, pois sei que hã uma verdade: o mercado pune. Faculdades estão
chamando os pais de alunos para conversas. Na escola é compreensível. No
colegial, aceitável, mas na faculdade?? Culpa da instituição? Claro que não, é
um ato desesperado para cuidar de uma geração mal educada, folgada e quer tudo
para agora. Essas pessoas, estão no mercado de trabalho e quando não fazem um
bom trabalho, são despedidos. A culpa é da crise, do chefe chato, do cliente
insuportável, mas ele, há, ele é ótimo, o mercado que perdeu um talento. De
volta ao Facebook, YouTube e PS4.
Os espertos não são o que levam vantagem em
tudo e sim os que conquistam o sucesso. E sucesso não vem sem esforço e
dedicação. Mas para muitos, essas palavras são chatas e complicadas, por isso,
a crise é ótima, pois é a desculpa que precisam para esconder sua
incompetência.
As 18h a caneta cai e não importa o que esteja
fazendo. A geração millennials quer qualidade de vida, louvável, mas eu ainda
sou da geração "dar um pouco a
mais", talvez porque eu vivi a geração Rogerio Ceni que era o primeiro
a chegar e o último a sair nos treinos ou de Michael Jordan que era um viciado
em treinos. Ambos, no auge de suas brilhantes carreiras, quando já haviam ganho
de tudo, treinavam ainda mais. Davam o 120% que as pessoas pedem. A geração que
dá esse 120% de dedicação não é bem vista pelos amigos, entretanto, pense que
enquanto seus amigos viajam e você estuda ou trabalha, em breve você vai estar
vivendo o sonho deles.
No réveillon, em um hotel onde 70% dos hóspedes
possuíam mais 60 anos, todos foram obrigados a ouvir funk e axe pois um casal
na faixa dos 30 achava legal. Nada contra a música, mesmo que não faça o meu
estilo, mas é preciso bom senso, algo que não está no dicionário de muitos
brasileiros. O casal colocou um pendrive com as suas músicas no som da piscina
do hotel, músicas que com certeza não eram as preferidas do público em geral,
afinal, duvido que um casal de 70 anos tenha ido para o hotel ouvindo
"chiiiiiiiiiiclete oba oba" no seu carro. É claro, esse casal jovem,
deve reclamar muito do PT nos seus perfis das Redes Sociais. O Brasileiro adora
reclamar dos outros, mas nunca faz a sua parte. E é a crise?
Crise econômica está aí, não há dúvidas, mas
como li recentemente no brilhante artigo do meu amigo Marcos Hiller a crise de 2008 foi muito pior, aliás, esse artigo do Hiller me inspirou a escrever
esse. Passamos por 2008, como vamos passar por essa. Não será a “marolinha” mas
ela existe. Muitas lojas fechando e, como eu disse, a classe mais baixa da
pirâmide, que representa cerca de 85% da população no país, sofre, mas quem
está saindo da crise, sai mais forte, sai melhor e sai mais preparado para a
concorrência do mercado. Crise, depende do ponto de vista é bom, pois faz a
empresa se mexer, inovar e sair da famosa zona de conforto. Faz a empresa
atender melhor o cliente, fornecedores e exigir mais. Faz a empresa pensar mais
antes de gastar o dinheiro a toa, pensar melhor a sua comunicação e seus
investimentos.
Meu mestre, Roberto Shinyashiki disse uma vez
que a crise é boa pois limpa o que é ruim e enaltece o que é bom. Vejo meus
amigos e referências de mercado fazendo o simples: trabalhando! Às vezes 12 ou
13h por dia, mas ralando e entregando. Um deles me confessou que mal vê o filho
durante a semana, mesmo morando junto, pois a carga de trabalho está alta, mas
no final de semana, se dedica a família. Miro neles para me dar bem. Vejo meu
pai, grande referencia pessoal e profissional, dizendo que não está dando conta
de tanto trabalho. E isso é ótimo.
Enfim. Qual crise você está vendo? Eu? Bem, eu
estou vendo uma crise de desculpas, de pessoas sem vontade, do país onde o
Carnaval e o BBB são as coisas mais importantes, do país onde as pessoas
reclamam de não ter feriado na semana seguinte, do país que a cultura é deixado
de lado, um país a ser educado por Felipe Neto e Kefera. Eu tenho um pouco de
medo dessa nova geração de "muitos direitos e poucas
responsabilidades", geração onde criticar é mais fácil do que fazer. A
geração onde a eduação está sendo deixada de lado, e não digo a educação da
escola, mas o “bom dia” por exemplo. Mas nem tudo está perdido, temos uma
galera jovem despontando. O fenômeno startups no Brasil cresce com muita gente
boa, está ai a Pagar.me que não me deixa mentir, com 2 “moleques” no comando e
fazendo um excelente trabalho. Que esse seja o perfil dos jovens. E se você
ainda vê crise, a dica é: acorde cedo e vá trabalhar, vá ganhar o “ 1 dólar a
mais todos os dias” que o Geraldo Rufino prega em seu livro “Catador de Sonhos”
(Ed. Gente).
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Abraços
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