quinta-feira, 7 de abril de 2016

Prêmio: Profissional de Planejamento digital - destaque AbradiSP

Amigos.


Esse é um post para agradecer e comemorar.


No dia 04/04/2016, eu recebi um prêmio que muito me emocionou. A AbradiSP (Associação Brasileira de Agências Digitais, unidade São Paulo), criou o 1o prêmio Abradi-SP de profissional digital, onde premiou 11 categorias, entre elas Mobile, Criação, Tecnologia, Mídia e claro, Planejamento Digital. Acesse o site para conhecer os 11 vencedores.

A metodologia era simples, a Abradi abriu o voto popular para que as pessoas indicassem profissionais, depois, uma comissão de diretores da entidade, selecionou 3 nomes por categoria, elegendo 33 profissionais para a disputa final. Outra votação aberta ao público, elegeu em cada uma das categorias, um profissional, e na categoria Planejamento Digital, fui contemplado com 527 votos vencendo assim a categoria.

Muito me orgulha em saber, que um dos motivos pelos quais a diretoria me elegeu foi o fato do critério de ajudar a disseminar no mercado a importância da área. Com meus 2 livros sobre Planejamento Estratégico Digital, meus 8 anos acadêmicos em cursos livres (Miyashita Consulting), online (iMasters, 3Pontos e Ecommerce Brasil) e presenciais, tanto em graduação (FMU), como em MBAs ou Pós (ESPM, Metodista, Faap, Senac. Faculdade Impacta de Tecnologia, FacCamp, Fac Cambury/GO) foram levados em consideração, além do histórico profissional com passagens pela área de planejamento digital em empresas como TV1.com, Tesla, CappuccinoDigital, Casanova, Gotcha e atualmente prestando serviços pela FM Consultoria de Planejamento a Agência Pulso, Uatt Comunicação, TBoom, Gotcha e Agência Zum.

Enfim, muito obrigado pelos 527 votos e pelo carinho que recebi desde a indicação até o resultado final, esse prêmio representa muito para mim, mas o carinho que recebi as quase 200 mensagens de parabéns, os abraços de amigos, família, esposa e filha é que realmente valem a pena!!!

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Abraços
Felipe Morais
facebook.com/plannerfelipe
@plannerfelipe

quinta-feira, 17 de março de 2016

“Tenha um saudável desrespeito pelo brief”

Amigos


Em Dezembro de 2015, tive a honra de assistir a uma palestra de um dos meus ex-professores de Miami Ad School, Ulisses Zamboni. Sou fã desde que eu tive aula com ele, em 2006. A surpresa da sua palestra no evento do Grupo de Planejamento, foi a presença da Tatiana Lemos, ex-gerente de comunicação Nestlé Brasil (que acaba de se mudar para Suíça para trabalhar na Nestlé de lá) que soltou uma daquelas frases que mexe com toda a sua percepção de negócios e comunicação: “Tenha um saudável desrespeito pelo brief do seu cliente” em resumo, nem sempre o cliente sabe exatamente o que quer. E espera ser confrontado. Chegar com soberba, com os “dois pés no peito” do cliente não vai levar a nada, aliás, a relação de agência e cliente precisa ser a melhor possível, ou o cliente, vai escolher outra. Hoje, as agências fazem o mesmo trabalho, pouca inovação e muito post de Facebook e comercial na TV. É o cenário atual, culpa de todas as partes.

O que a Tatiana quis dizer, ao menos essa é a minha percepção, é que a agência tem – e precisa mostrar – que há competência do seu lado, que há entendimento de mercado, cenário, concorrência, tendências e principalmente do consumidor a ponto de olhar para o brief e começar com a frase “olha, nós entendemos que seu problema não é bem esse...” e é ai que entra o profissional de planejamento e seus estudos, pesquisas e análises. É nesse momento que o profissional vai até o cliente e apresenta dados que podem levar a marca para um outro caminho. O cliente está errado? Não. Apenas a agência, com embasamento, está mostrando que a comunicação pode seguir outro caminho diferente. Comunicação é percepção de todos os lados, da marca, da agência e do consumidor. É um tripé que faz a marca ter sucesso. Ou não. Nada complexo, apenas se cada um fizer seu papel, o resultado vem, se não, não vem.

O profissional de planejamento precisa fazer o estudo profundo da marca. O diagnóstico é o primeiro passo. Tendo isso em mão há embasamento para questionar o brief, mas é preciso, também, ter em mente que não é sempre que o brief pode ou deve ser questionado. Cansei de ver agência se valorizando de que “o cliente é burro, não sabe o que quer” mas do lado dela, não soube ao menos fazer uma única pergunta ou um apontamento que pudesse provocar o cliente a pensar diferente. O próprio Ulisses disse esse dia “meus planejamentos hoje mais provocam o cliente do que qualquer outra coisa”. Tento seguir esse, mais um, ensinamento do Ulisses. Provocar o cliente. Recentemente, junto a Agência Pulso conseguimos essa provocação. Mostramos ao cliente os problemas que ele tinha de marca e produto. Ele ouviu, mas fomos além e apontamos os caminhos. Apontar erro, todos podem, mas como diz Julio Ribeiro em seu livro Marketing de Atitude “apontar é fácil, resolver é difícil”

E o papel da agência, hoje, é qual? Resolver problemas do cliente, aliás, como disse Fabiano Coura, mais do que problemas de comunicação, está na hora de entrarmos nos problemas de negócios.


Não tenha medo de questionar e provocar o cliente, mas não chegue com o achismo. Chegue com algo palpável, com uma defesa embasada da sua opinião. Achismo nunca levou ninguém a lugar algum!

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Abraços
Felipe Morais
@plannerfelipe

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Qual crise você está enxergando?

Amigos

Graças a Deus eu não estava perto de uma televisão para ver o, recente, discurso mentiroso do maior ladrão que esse país já teve! Pelo o que eu pude ler nos comentários na minha timeline do Facebook, para ele, o país está ótimo, não há crise e sim uma campanha da elite. Engraçado que os que mais sofrem nesse momento é exatamente a classe mais humilde do país que está perdendo seus empregos e as suas “bolsa esmola”. Em termos, ele até tem razão quanto a ter ou não crise, pois dependendo para onde se olha, há mesmo uma crise?

Vejamos. Um grande amigo meu está com problemas para instalar internet a cabo em sua casa. A operadora agendou e não foi por mais de 3 vezes a sua casa. Ele está contando a "saga" pelas Redes Sociais. A operadora nada faz, não interage ou tenta resolver o problema dele. Apenas, deixa acontecer.

Uma outra operadora queria me cobrar uma fatura de uso do seu sistema em Janeiro, sendo que eu cancelei em 15/12 seus serviços. Em um mesmo dia, 3 pessoas do escritório de cobrança me ligaram para um acerto. Em 3 momentos me passaram datas e valores diferentes, ou seja, para cada um que me ligou eu devia um valor e tinha cancelado o pacote em um dia diferente. Há sempre a culpa do “deu um erro no sistema...” a última das ligações, uma mulher, com uma má educação de tirar o chapéu! Parabéns aos pais dessa menina. Aliás, quando se está no metro se vê onde a educação do país está.

O Brasil ganhou o título de vice campeão de atendimento mais antipático do mundo. O mercado literário no país está caindo, pois as pessoas não estão mais lendo livros, uma vez que os posts do Facebook são mais interessantes. Para que ler Umberto Eco, se o meu amigo revolucionário do Facebook está fazendo um enorme post sobre economia uma vez que nem a conta corrente dele, ele cuida???

Em sala de aula, o que tem de aluno que durante a aula que fica no celular ao invés de prestar atenção no professor... Depois esses, claro, são os primeiros a pedir nota, abonar falta ou pedir uma ajuda para um trabalho em que não tiveram nota mínima. Quando posso, eu faço tudo o que pedem, pois sei que hã uma verdade: o mercado pune. Faculdades estão chamando os pais de alunos para conversas. Na escola é compreensível. No colegial, aceitável, mas na faculdade?? Culpa da instituição? Claro que não, é um ato desesperado para cuidar de uma geração mal educada, folgada e quer tudo para agora. Essas pessoas, estão no mercado de trabalho e quando não fazem um bom trabalho, são despedidos. A culpa é da crise, do chefe chato, do cliente insuportável, mas ele, há, ele é ótimo, o mercado que perdeu um talento. De volta ao Facebook, YouTube e PS4.

Os espertos não são o que levam vantagem em tudo e sim os que conquistam o sucesso. E sucesso não vem sem esforço e dedicação. Mas para muitos, essas palavras são chatas e complicadas, por isso, a crise é ótima, pois é a desculpa que precisam para esconder sua incompetência.

As 18h a caneta cai e não importa o que esteja fazendo. A geração millennials quer qualidade de vida, louvável, mas eu ainda sou da geração "dar um pouco a mais", talvez porque eu vivi a geração Rogerio Ceni que era o primeiro a chegar e o último a sair nos treinos ou de Michael Jordan que era um viciado em treinos. Ambos, no auge de suas brilhantes carreiras, quando já haviam ganho de tudo, treinavam ainda mais. Davam o 120% que as pessoas pedem. A geração que dá esse 120% de dedicação não é bem vista pelos amigos, entretanto, pense que enquanto seus amigos viajam e você estuda ou trabalha, em breve você vai estar vivendo o sonho deles.

No réveillon, em um hotel onde 70% dos hóspedes possuíam mais 60 anos, todos foram obrigados a ouvir funk e axe pois um casal na faixa dos 30 achava legal. Nada contra a música, mesmo que não faça o meu estilo, mas é preciso bom senso, algo que não está no dicionário de muitos brasileiros. O casal colocou um pendrive com as suas músicas no som da piscina do hotel, músicas que com certeza não eram as preferidas do público em geral, afinal, duvido que um casal de 70 anos tenha ido para o hotel ouvindo "chiiiiiiiiiiclete oba oba" no seu carro. É claro, esse casal jovem, deve reclamar muito do PT nos seus perfis das Redes Sociais. O Brasileiro adora reclamar dos outros, mas nunca faz a sua parte. E é a crise?

Crise econômica está aí, não há dúvidas, mas como li recentemente no brilhante artigo do meu amigo Marcos Hiller a crise de 2008 foi muito pior, aliás, esse artigo do Hiller me inspirou a escrever esse. Passamos por 2008, como vamos passar por essa. Não será a “marolinha” mas ela existe. Muitas lojas fechando e, como eu disse, a classe mais baixa da pirâmide, que representa cerca de 85% da população no país, sofre, mas quem está saindo da crise, sai mais forte, sai melhor e sai mais preparado para a concorrência do mercado. Crise, depende do ponto de vista é bom, pois faz a empresa se mexer, inovar e sair da famosa zona de conforto. Faz a empresa atender melhor o cliente, fornecedores e exigir mais. Faz a empresa pensar mais antes de gastar o dinheiro a toa, pensar melhor a sua comunicação e seus investimentos.

Meu mestre, Roberto Shinyashiki disse uma vez que a crise é boa pois limpa o que é ruim e enaltece o que é bom. Vejo meus amigos e referências de mercado fazendo o simples: trabalhando! Às vezes 12 ou 13h por dia, mas ralando e entregando. Um deles me confessou que mal vê o filho durante a semana, mesmo morando junto, pois a carga de trabalho está alta, mas no final de semana, se dedica a família. Miro neles para me dar bem. Vejo meu pai, grande referencia pessoal e profissional, dizendo que não está dando conta de tanto trabalho. E isso é ótimo.


Enfim. Qual crise você está vendo? Eu? Bem, eu estou vendo uma crise de desculpas, de pessoas sem vontade, do país onde o Carnaval e o BBB são as coisas mais importantes, do país onde as pessoas reclamam de não ter feriado na semana seguinte, do país que a cultura é deixado de lado, um país a ser educado por Felipe Neto e Kefera. Eu tenho um pouco de medo dessa nova geração de "muitos direitos e poucas responsabilidades", geração onde criticar é mais fácil do que fazer. A geração onde a eduação está sendo deixada de lado, e não digo a educação da escola, mas o “bom dia” por exemplo. Mas nem tudo está perdido, temos uma galera jovem despontando. O fenômeno startups no Brasil cresce com muita gente boa, está ai a Pagar.me que não me deixa mentir, com 2 “moleques” no comando e fazendo um excelente trabalho. Que esse seja o perfil dos jovens. E se você ainda vê crise, a dica é: acorde cedo e vá trabalhar, vá ganhar o “ 1 dólar a mais todos os dias” que o Geraldo Rufino prega em seu livro “Catador de Sonhos” (Ed. Gente).

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Abraços
Felipe Morais
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quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Fechou a concessionária da rua. Qual o impacto disso?

Amigos.

Não entremos no mérito politico, pois não adianta ficar apenas reclamando, é preciso trabalhar. E muito! A crise está ai, desde 2015 estamos enfrentando. O índice de desemprego só cresce, não há perspectiva de melhora. O brasileiro, como sempre, se vira como pode para pagar as contas. E assim faremos por mais alguns meses ou anos. Mas como essa crise pode ser vista nos lugares menores. Vamos a um fato, infelizmente, real.

Tenho andado muito a pé, por exercício, por economia de gasolina, por um mundo melhor. Recentemente, estava andando em uma importante avenida no centro da cidade e me deparei com o fechamento de uma concessionária de carros, de uma das mais importantes marcas do país. Lembrei ter lido que em 2015 quase 1,3 mil concessionárias fecharam em São Paulo e comecei a refletir sobre o efeito disso para a sociedade. E é bem pior do que se imagina. Normalmente as pessoas pensam apenas naquelas pessoas que ali trabalham, mas acho que o efeito é muito maior e ajuda a entender um pouco mais como a nossa economia é movida.

Suponhamos que naquela concessionária trabalhava 20 pessoas. Entre faxineira, vendedores, gerente, dono, mecânicos. Em um primeiro momento, 20 pessoas estão desempregadas. Ok, receberam indenização e o seguro desemprego, que ajuda muito, mas o dinheiro é finito, ele acaba. Pois bem, são 20 pessoas que vão consumir menos. São 20 pessoas a menos no cinema, no restaurante, no estádio de futebol. Desemprego a vista, a diversão é a primeira a ser cortada. Supondo que esse pessoal, em média, gastasse, ao todo R$ 10.000,00 por mês em diversão ou compras que não são de necessidade básica como comida, algo como roupa, celular, TV a cabo ou ingresso para o futebol. Esse dinheiro não está mais disponível no mercado, não será mais gasto.

A economia próxima da concessionária também vai diminuir. Ao lado da concessionária tinha um pequeno restaurante por kilo. Provavelmente, umas 12 pessoas dessa concessionária comiam lá todos os dias, gastando em média R$ 240,00 por dia. Dentre os 22 dias úteis, estamos falando de R$ 5.280,00, que não vai mais entrar no restaurante, que fatalmente vai demitir uma ou duas pessoas. Ou seja, já são 22 pessoas na rua. Para chegar no trabalho, acredito que muitas dessas pessoas iam de transporte público. Cada um, deveria gastar cerca de R$ 167,20. Multiplica por 22 (agora temos 2 funcionários do restaurante na rua) R$ 3.678,40 a menos nos cofres do governo, que para suprir essa falta, eleva o preço da passagem. Isso desencadeia outras demissões, mas vamos focar nesse quarteirão que estou falando.

Ao lado da concessionária, havia também, uma loja daquelas que vendem de tudo. Vamos supor que pelo menos uma compra era feita nessa loja por mês por cada um dos profissionais. São 22 lojas a menos. Pode parecer um pequeno número, mas isso pode representar uns 2 a 3 mil reais a menos na loja e claro, representar mais uma demissão. Com isso, chegamos a 23 demissões. Um pouco a frente, há um posto de gasolina. 

Alguém já comprou um carro e ganhou o tanque cheio? Pois bem, se essa concessionária vendia 60 carros/mês, qual a chance de um carro sair da concessionária com o carro quase vazio e parar nesse posto? Com o litro de gasolina nas alturas, dizer que vai gastar R$ 180,00 para encher o tanque não é nenhum absurdo. Com isso, o posto de gasolina perde cerca de R$ 10.800,00 ao mês, e mais 2 funcionários são demitidos. O posto tem uma loja de conveniência, que perde 60 clientes potenciais que poderiam gastar cerca de R$ 1.200,00 por mês (cerca de R$ 20,00 por pessoa). E pode ser mais um desempregado. Ao final, estamos falando de 25 pessoas demitidas e cerca de R$ 30.000,00 que o mercado perde mensalmente.

O número parece pequeno, certo? E até é, mas faz esse número vezes 1.300 mil concessionárias e já falamos de 39 milhões de reais. Some isso a quantidade enorme de demissões nas montadoras e veja como esse número pode chegar a 100 milhões de reais, fácil. Agora pense que esse fenômeno está ocorrendo em todos os mercados, como supermercados, shoppings, lojas online, escolas, cursos, faculdades, estádios de futebol... bom, temos uma grande crise, não há como fugir da realidade, mesmo que a nossa “presidenta” ache que está tudo bem.

Cabe a nós, profissionais de comunicação, entender isso e ver em que podemos ajudar e como trazer mais resultados. O futuro da comunicação é ser cada vez mais focada em performance e menos em branding – por mais importante que seja – afinal, se o cliente sempre quis resultados para “ontem” com a crise, vão querer para “semana passada”.


Abraços
Felipe Morais
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terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Planejamento Estratégico digital no evento Marketing de Conteúdo

Amigos.

Em novembro de 2015, eu tive a honra de participar e palestrar sobre planejamento estratégico digital no evento Marketing de Conteúdo organizado pelo grande amigo e referência Rafael Rez. 

Fiquei feliz em saber que essa foi uma das mais elogiadas palestras do evento que contou com grandes feras. 




Quer saber mais sobre planejamento estratégico digital?
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Abraços
Feliz 2016
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terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Por quanto tempo você ainda fará a mesma publicidade?

Amigos

A ideia desse artigo não é ser nenhum futurólogo, mas sim analisar o cenário de hoje e pensar no que pode acontecer nos próximos 5 anos. Você acredita que o modelo de agência, em 5 anos, será o mesmo? Porque eu vejo que muitas não são mais como há 5 anos atrás, mas outras, ainda pensam como há 40 anos atrás.

Começo esse artigo repetindo o que já escrevi algumas vezes, uma sensacional frase da Ana Maria Nubié no evento Top de Planejamento de 2015, onde ela disse “não passamos 70% do nosso tempo na TV e 4% na Internet, logo, porque as verbas publicitárias ainda seguem esse padrão de divisão?” acho que essa frase deveria mexer com todos os gestores de marcas. Pior que eu vejo muita gente tentando mudar as coisas, tanto nas agências como nas empresas, mas é muito difícil mudar cultura e cabeça de diretoria. Com isso, o Brasil vai ficando para trás e quando esse pessoal que está entendendo o novo mundo chegar ao topo da empresa, onde o poder da palavra final é sua, o Brasil estará anos luz atrás dos EUA e Europa, e claro, aquelas pouquíssimas marcas, aqui no Brasil, que se atentaram para isso, bem a frente da sua concorrência? Apenas em comunicação? Não, em vendas!

Vamos a algumas coincidências: Fiat, a marca que melhor trabalha Internet já é líder de vendas no Brasil. Tecnisa, investindo uma porcentagem pequena da sua verba no digital vende quase 40% dos seus empreendimentos por esse canal. Boticário, na crise, vai crescer. Sua comunicação no online é muito superior a da concorrência que não vai crescer nesse ano. Bem, preciso de mais exemplos?

Walter Longo diz em seu livro “achar que o negócio da publicidade continua o mesmo é uma grande miopia” note que ele diz continua e não continuará. A vida que vivemos é diferente da que vivíamos há 10 anos atrás, logo, nosso consumo mudou. E muito. As pessoas não tem mais o tempo que tinham, não tem mais a vida que tinham. Nossos avós tinham uma vida, nossos pais outra, nós outra, nossos filhos terão outras. É o ciclo da evolução da vida. Quando eu dizia para o meus avós que tinha uma reunião as 19h, eles riam, diziam que eu não queria falar com eles. A vida deles era uma. A minha é outra. O mundo mudou, essa velha frase está linda, no PPT de palestras, mas no dia a dia as agências ainda vivem do BV da Rede Globo, que cada vez mais perde espaço para Facebook, YouTube, Netflix e Google.

Um ou outro programa da Rede Record ou SBT bate de frente com a Rede Globo, no geral, ela é a rainha da TV. Por anos foi assim, ela dando um “banho” na audiência das outras emissoras, e ainda é, mas seus programas – assim como todas as emissoras – perdem audiência a cada dia. E por que? Por causa dessa “tal internet” e seus conteúdos dos mais diversos onde as pessoas assistem quando querem. Não precisamos mais esperar a Sessão da Tarde, eu posso ver Lagoa Azul no Netflix as 3h da manhã de sábado ou as 8h da manhã de uma 2a feira. Eu decido, o poder é mais meu (consumidor) do que nunca. E vai ser ainda mais.

A internet não chegou para matar nenhuma mídia, mas seus pilares são fortes o suficiente para ela tomar o lugar das outras. Ela é interativa, resposta rápida, as pessoas interagem com as marcas, as marcas geram conteúdos específicos para o canal. As pessoas estão sempre conectadas, não vivem sem o celular. Mais de 100 milhões usam WhatsApp, 93 milhões usam o Facebook e as TVs estão ganhando outra utilidade: ser uma tela maior para ver o conteúdo da web.


Vai mesmo, continuar no modelo: Globo, Folha, Veja e coloca o que sobrar no digital?

O livro Planejamento Estratégico Digital já passou das 1,3 mil vendas em 7 meses do seu lançamento. Vai ficar sem o seu??

Abraços e FELIZ 2016

Felipe Morais
@plannerfelipe
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