Porque o banner tem que ser clicável?
Amigos.
Conforme prometi, segue mais um artigo.
Vou tentar publicar ele no Grupo de Mídia e no site Mundo do Marketing.
Porque o banner tem que ser clicável?
Em meus tempos de profissional de mídia online eu sempre ouvi que “o banner tem que ter um link para o usuário entrar na URL...” e algumas vezes me questionei:
Mas por que isso?
Há anos existe propaganda. Seja um folheto, seja um spot na rádio, um outdoor ou um comercial na TV, sempre expondo marcas e produtos de alguma forma.
Porque na Internet não pode ser assim?
Cabe a pergunta: Quando uma marca gasta 10 milhões de reais para anunciar na Rede Globo ela espera que o telespectador click no controle remoto e vá para uma loja comprar o produto? Não. E porque a Internet tem que ter essa premissa?
A resposta é simples, porque os anunciantes ainda não sabem trabalhar com Internet! E vai ser difícil mudar essa postura em pouco tempo. Trabalhando do “lado de cá da mesa” em uma empresa que vende publicidade, estou presenciando isso diariamente.
Temos um projeto de StreetBall em parceria com uma empresa Coreana, onde a pedido da empresa, os banners dentro dos games não podem ser clicáveis. Completamente compreensível uma vez que o jogador não pode sair do game para ver o site de um anunciante. O game é jogado com 4 pessoas online ao mesmo tempo em uma mesma sala, sendo 2 contra 2, se um sai para ver a nova promoção da marca X, o outro perde o jogo, fica sozinho.
No game é vendido experiência de marca, onde o anunciante interfere na jogabilidade (produtos do anunciante podem dar mais força e/ou habilidade aos jogadores), é vendido branding onde o anunciante fica exposto em média 1 hora por dia para mais de 40 mil usuários, é vendido relacionamento, interação de marca; entretanto se a Internet se resume em “clicar no banner” imaginem as dificuldades que estamos em conseguir anunciantes para esse game com enorme potencial.
Recentemente escrevi um post no meu blog sobre uma pesquisa da IBM que mostra que as agências estão atrasadas em relação aos consumidores digitais. Rebati a informação dizendo que isso não é verdade, os ANUNCIANTES estão atrasados.
As agências tentam, pesquisam mostram inovações, planejam a ação, defendem o potencial e o retorno, mas na hora de inovar o cliente diz: coloca parte em portais e a outra parte da verba no Google. Cadê a inovação que todos pregam?
Publiquei esse post – com mais de 200 acessos - em todas as redes sociais que pertenço e recebi diversos e-mails de profissionais dos quatro cantos do país me dando apoio e contando o quanto eles sofrem para arrancar 10 mil reais do cliente. E ai se esses 10 mil reais não derem nenhum resultado! Capaz da agência perder a conta. Ou o profissional o emprego!
Internet é muito mais do clicar no banner! As mídias tradicionais são exposição de marca e produtos. Espera-se que o telespectador levante da frente da TV, vá ao ponto de venda e consuma aquele produto. E porque na Internet tem que ser no minuto seguinte? Apenas porque o banner tem um click que vai para um site?
Cadê a estratégia de branding digital? Ou porque não testar a web de outra forma? Porque uma empresa com diversos produtos, como uma marca de notebooks por exemplo, não faz um teste? Cria um banner NÃO CLICÁVEL e coloque um produto específico nesse banner. Meça-o com um AdServer de qualidade. Veja em 15 dias quantas procuras e vendas do produto tiveram no site.
Pronto, é um banner não clicável mas altamente mensurável!
Infelizmente é capaz de ouvirmos que: “Internet é compra por impulso. A pessoa vê o produto e clica para comprar”. Deve ser por isso que mais de 12 milhões de pessoas acessam o Buscapé antes de comprar um produto; ou que mais de 80% acessam o Google antes de uma compra. O consumidor online, por mais que seja o mesmo que assiste ao Jornal Nacional é diferente! Ele pensa e consome diferente! O bom planejamento pega o consumidor no momento certo em que ele está pré-disposto a comprar. Basta acreditar mais na Internet!
A Internet ainda é nova, ok, mas já passou do tempo dos anunciantes a verem como potencial de relacionamento, branding, experiência de marca. Chega de discursos como “banner tem que ter click” o banner morreu e não avisaram ele ainda!
A internet como era em 2000 não existe mais.
As pessoas acessam mais Orkut do que e-mail! Confiam mais em blogs do que no William Bonner; perguntam via MSN o que comprar e não aos vendedores da loja, as pessoas interagem e lembram muito mais de uma propaganda no contexto do game do que no banner da home do UOL.
Recentemente eu publiquei uma pesquisa no SlideShare que mostra que os adolescentes não compram eletrônicos, celulares, carros, mas são FORTE influenciadores nas compras. Cerca de 80% das famílias consultam os filhos antes de comprar uma TV de Plasma, um SmartPhone ou um carro novo! E onde estão esses influenciadores? Onde eles buscam informações?
A web 2.0 trouxe para o usuário o poder de convergir com as marcas, de falar, de ser ouvido, de experiência... e se é experiência: PORQUE O BANNER TEM QUE SER CLICÁVEL?
"Quer participar da festa de lançamento do meu livro: PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DIGITAL, em MAIO? Faça como muitas pessoas, mande um e-mail para felipemorais2309@gmail.com e se cadastre. Enviarei um convite com maior prazer"
Abraços
Felipe Morais
Conforme prometi, segue mais um artigo.
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Porque o banner tem que ser clicável?
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Mas por que isso?
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Porque na Internet não pode ser assim?
Cabe a pergunta: Quando uma marca gasta 10 milhões de reais para anunciar na Rede Globo ela espera que o telespectador click no controle remoto e vá para uma loja comprar o produto? Não. E porque a Internet tem que ter essa premissa?
A resposta é simples, porque os anunciantes ainda não sabem trabalhar com Internet! E vai ser difícil mudar essa postura em pouco tempo. Trabalhando do “lado de cá da mesa” em uma empresa que vende publicidade, estou presenciando isso diariamente.
Temos um projeto de StreetBall em parceria com uma empresa Coreana, onde a pedido da empresa, os banners dentro dos games não podem ser clicáveis. Completamente compreensível uma vez que o jogador não pode sair do game para ver o site de um anunciante. O game é jogado com 4 pessoas online ao mesmo tempo em uma mesma sala, sendo 2 contra 2, se um sai para ver a nova promoção da marca X, o outro perde o jogo, fica sozinho.
No game é vendido experiência de marca, onde o anunciante interfere na jogabilidade (produtos do anunciante podem dar mais força e/ou habilidade aos jogadores), é vendido branding onde o anunciante fica exposto em média 1 hora por dia para mais de 40 mil usuários, é vendido relacionamento, interação de marca; entretanto se a Internet se resume em “clicar no banner” imaginem as dificuldades que estamos em conseguir anunciantes para esse game com enorme potencial.
Recentemente escrevi um post no meu blog sobre uma pesquisa da IBM que mostra que as agências estão atrasadas em relação aos consumidores digitais. Rebati a informação dizendo que isso não é verdade, os ANUNCIANTES estão atrasados.
As agências tentam, pesquisam mostram inovações, planejam a ação, defendem o potencial e o retorno, mas na hora de inovar o cliente diz: coloca parte em portais e a outra parte da verba no Google. Cadê a inovação que todos pregam?
Publiquei esse post – com mais de 200 acessos - em todas as redes sociais que pertenço e recebi diversos e-mails de profissionais dos quatro cantos do país me dando apoio e contando o quanto eles sofrem para arrancar 10 mil reais do cliente. E ai se esses 10 mil reais não derem nenhum resultado! Capaz da agência perder a conta. Ou o profissional o emprego!
Internet é muito mais do clicar no banner! As mídias tradicionais são exposição de marca e produtos. Espera-se que o telespectador levante da frente da TV, vá ao ponto de venda e consuma aquele produto. E porque na Internet tem que ser no minuto seguinte? Apenas porque o banner tem um click que vai para um site?
Cadê a estratégia de branding digital? Ou porque não testar a web de outra forma? Porque uma empresa com diversos produtos, como uma marca de notebooks por exemplo, não faz um teste? Cria um banner NÃO CLICÁVEL e coloque um produto específico nesse banner. Meça-o com um AdServer de qualidade. Veja em 15 dias quantas procuras e vendas do produto tiveram no site.
Pronto, é um banner não clicável mas altamente mensurável!
Infelizmente é capaz de ouvirmos que: “Internet é compra por impulso. A pessoa vê o produto e clica para comprar”. Deve ser por isso que mais de 12 milhões de pessoas acessam o Buscapé antes de comprar um produto; ou que mais de 80% acessam o Google antes de uma compra. O consumidor online, por mais que seja o mesmo que assiste ao Jornal Nacional é diferente! Ele pensa e consome diferente! O bom planejamento pega o consumidor no momento certo em que ele está pré-disposto a comprar. Basta acreditar mais na Internet!
A Internet ainda é nova, ok, mas já passou do tempo dos anunciantes a verem como potencial de relacionamento, branding, experiência de marca. Chega de discursos como “banner tem que ter click” o banner morreu e não avisaram ele ainda!
A internet como era em 2000 não existe mais.
As pessoas acessam mais Orkut do que e-mail! Confiam mais em blogs do que no William Bonner; perguntam via MSN o que comprar e não aos vendedores da loja, as pessoas interagem e lembram muito mais de uma propaganda no contexto do game do que no banner da home do UOL.
Recentemente eu publiquei uma pesquisa no SlideShare que mostra que os adolescentes não compram eletrônicos, celulares, carros, mas são FORTE influenciadores nas compras. Cerca de 80% das famílias consultam os filhos antes de comprar uma TV de Plasma, um SmartPhone ou um carro novo! E onde estão esses influenciadores? Onde eles buscam informações?
A web 2.0 trouxe para o usuário o poder de convergir com as marcas, de falar, de ser ouvido, de experiência... e se é experiência: PORQUE O BANNER TEM QUE SER CLICÁVEL?
"Quer participar da festa de lançamento do meu livro: PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DIGITAL, em MAIO? Faça como muitas pessoas, mande um e-mail para felipemorais2309@gmail.com e se cadastre. Enviarei um convite com maior prazer"
Abraços
Felipe Morais
Marcadores: banner, click de banner, Marketing Digital, mercado de internet, midia online, Planejamento de comunicação, Planejamento Estratégico Digital
5 Comentários:
Concordo com voce Felipe, e além do mais, as pessoas clicam copiam o nome do produto e vão pesquisar o que mais se é falado dele na rede, ou seja, essa história de compra por impulso é subjetivo. Tudo que compro na net passa por uma longa pesquisa, se nas pesquisas encontro o mesmo produto em outra loja ou na concorrência com condições de preço e beneficios melhores, no que adiantou o banner clicável?
Abraços.
Obrigado pelo comentário Geraldo.
Infelizmente vivemos isso diariamente!
Abraços
Interessante... apesar de estar estudando em uma área diferente de comunicação (jornalismo), acho fantástico o potencial que a internet tem para todas as áreas.
Ela é incrível pela gama de possibilidades que apresenta e ainda não aprendemos a aproveitar todas elas. Não podemos limitá-la a uma única forma de divulgação específica, mas sim uma junção de todas as anteriores com novas formas inovadoras.
Abs, Fê!
Este comentário foi removido pelo autor.
A regra que diz que "o baner tem que ser clicável", é apenas uma filha ou uma parente qualquer, de uma outra que dizia que "não se deve colocar mais de 8 palavras no outdoor". As pessoas ainda não sabem como usar a internet e por isso se apegam à regras infundadas para se nortearem, já que não sabem onde estão, e muito menos, para onde devem ir. Toda unanimidade é burra. Ainda mais na em nossa volátil comunicação persuasiva. O ser humano não segue regras fixas. As interações comunicativas devem seguir???
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