Estamos vivendo uma mudança?
Amigos
Muitos
podem achar que eu estou errado ou louco, mas como sempre digo, a grande graça
da propaganda é que não tem uma única resposta, uma única
certeza e nós, profissionais de planejamento, trabalhamos com percepção e
provocação.
Hoje
eu fiquei muito feliz com 2 marcas. Saraiva e Playboy. A Saraiva, uma parceira da
2ª edição do meu livro de Planejamento Estratégico Digital que vou lançar em
Abril de 2015, a Playboy uma revista de conhecimento mundial e uma marca admirada. O que eles
fizeram nas Redes Sociais nesse 23/12/2014 espero, do fundo do meu coração, que
seja uma mudança no comportamento das marcas nas Redes Sociais.
Entendemos
que nada e ninguém é perfeito, mesmo que o consumidor se coloque, em muitas
vezes acima do bem e do mal, onde ele, nunca erra, nunca faz nada, mas as
marcas sempre estão errando e querendo "ferrar a vida deles"! Há marcas que não ligam para o consumidor mesmo, acabam errando
e não se importam com isso, o que faz o consumidor estar cada dia mais
estressado com as compras, isso é ruim para o varejo como um todo.
Bem,
o que eu adorei das marcas Saraiva e Playboy foi a reação contra os “revolucionários
do Facebook” como gosto de chamar. São aquelas pessoas, e tem muitas, que
aparentemente não tem muito o que fazer e precisam, urgentemente, dos 15
minutos de fama. Seu ego implora por isso. O Facebook abriu espaço para as pessoas falarem o que
quiserem, claro, o perfil é seu e você escreve o que desejar, mas quem fala o
que quer, pode ouvir o que não quer. As marcas, até então, tinham um certo medo
de responder a altura, pois poderia virar o famoso “mimimi” das Redes Sociais,
onde as pessoas agridem, a marca responde e depois se fazem de vítimas dizendo
que a marca é isso ou aquilo.
Eu
sempre sonhei com o dia em que as marcas iam responder e não veríamos mais
vítimas, mas sim, consumidores conscientes e entendendo que algumas pessoas
querem apenas os 15 minutos de fama e ao invés de ajudar na fama, criticam a
atitude.
E hoje, finalmente, em menos de
5 minutos, vi 2 casos que me deixaram extremamente feliz. De um lado, um
cidadão se achando "malandrão" porque lê livros de graça na Saraiva. Notando que
a Saraiva não o enxerga como público, pois seu público tem outro perfil, o
rapaz quis “tirar um sarro”da marca. Tomou a famosa “invertida” de forma
honesta, engraçada e até elegante. Piada inteligente, aliás, é o que esperamos
de uma marca como a Saraiva.
Do outro lado, uma das revistas
mais famosas do mundo, a Playboy. Independente aqui se a circulação dela está
caindo ou não – como todas as revistas e jornais no mundo estão – mas a
Playboy, assim como a Saraiva, foi extremamente elegante ao responder a carta
onde, literalmente, o comentário é preconceituoso contra o homossexual. Amigo,
o Bolsonaro não é uma referência, ok?
A
Playboy poderia nem ter respondido, afinal, essa carta ou email chegou para a
redação, mas fez bem ao mostrar que mesmo sendo uma revista masculina, defende
a todos sem preconceito, até mesmo colocando um homossexual, de grande talento,
por sinal, para expor suas ideias na revista.
Espero, finalmente, nesse
momento presenciar uma tendência de Redes Sociais, uma nova forma de comunicar,
de se expressar das marcas, não ofendendo ou baixando o nível de alguns, mas
respondendo de forma inteligente, sendo sutis em suas respostas, como as que vi
aqui, mas principalmente que essas marcas deem mais importância para quem
realmente interessa, não apenas quem consome, mas quem deseja, quem fala com a
marca, quem conversa, quem quer saber mais. Críticas, por favor, sempre bem
vindas, mas as com inteligência e conteúdo. As acima, deixe esse pessoal
falando “cás parede” como dizia a Nair Belo.
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Abraços, boas festas e um excelente 2015!!!
Felipe Morais
@plannerfelipe
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