segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Diversidade cultural paulistana

Amigos.

Esse final de semana passei por experiências interessantes.
Para um planner como eu, que trabalha com PESSOAS nada melhor do que andar pelas ruas para ver GENTE, e de diversas formas, gostos, atitudes... é realmente uma das maiores experiências para um planner, afinal, quando se faz um planejamento estratégico de comunicação para uma marca, é necessário entender todo o comportamento das pessoas com as quais a marca quer interagir.

O que eu fiz não foi nada além de passear por 3 regiões de São Paulo. Geograficamente, elas são próximas, entretanto o tipo de pessoas que freqüentam esses lugares é bem diversificada.
A descrição que vou passar aqui, parece ate algo meio “básico” para algumas pessoas ou até mesmo outros podem falar: “putz, não tem nada demais isso”; mas ao pensar nisso com a cabeça de um planejador – aliás esse blog é feito de um planner para planners – começa a se entender.

Após o almoço, eu e minha esposa precisamos ir até ao Shopping Frei Caneca, pois estamos querendo comprar ingressos para a peça do Marcelo Medici (em tempo, vale a pena assistir). O shopping fica na região da Bela Vista, próxima a região da avenida Paulista, que por sinal é o local com a maior diversidade cultural da cidade – na minha opinião.

O shopping é conhecido como um reduto do público GLBT (se você tem algum preconceito com pessoas dessa “tribo” nem continue a ler esse post ou mude de profissão!! Com comunicação você jamais poderá trabalhar...). O público GLBT infelizmente ainda sofre muitos preconceitos, entretanto eles se sentem muito bem no shopping; não tem medo de se esconder. Ali se vê homens abraçados com homens ou gays sendo eles mesmos. Mesmos os vendedores de lojas. Se a sua marca trabalha com esse público, o shopping é um lugar interessante para pesquisas de campo.

Do shopping, resolvemos ir a Rua Oscar Freire; precisava ir na Nokia Store e fomos até lá. A rua é conhecida por ter as lojas mais caras de São Paulo e por isso, é freqüentada por pessoas com alto poder aquisitivo. Carros importados ali são freqüentes. Só Land Rover eu vi umas 10. Novos Corollas então perdi a conta.

Nessa rua é capaz de se analisar os novos ricos. Endinherados que gostam de ostentar o que possuem em suas contas correntes. Mulheres que param o carro no meio da rua, descem e vão ver uma loja, se achando as donas da rua, apenas por terem um New Beetle de cerca de 60 mil reais; mas é possível ver também que há muita gente endinherada simples, que passeiam nas ruas de calça jeans e camiseta (mesmo que esse conjunto seja de marca).

O interessante na Oscar Freire são as lojas conceito de diversas marcas, como Nokia, Havaianas (essa eu recomendo conhecer como experiência de marca), Nike, Adidas, Rebook, Timberland entre outras. Nessa região, é muito interessante para aqueles planejadores que trabalham com marcas de luxo. Pesquisas de campo ali são bem interessantes. É possível ver aqueles homens na faixa dos 40 anos, com camisa pólo por dentro da calça, óculos escuros, gel no cabelo e falando em BlackBerrys, iPhones... tem gosto para tudo.

Da Oscar Freire, minha esposa quis jantar em uma cantina tradicional, a qual vamos sempre que possível, chamada Montechiaro, bem no centro da Bela Vista. No centro de São Paulo; o centro que de 2ª a 6ª das 8h as 19h ferve! São advogados, médicos, administradores, publicitários, funcionários públicos, jornalistas, policiais entre outros profissionais andando de um lado para o outro, correndo, trabalhando, falando, conversando pelo celular, enfim, o centro de São Paulo é altamente movimentado. Durante os finais de semana 90% do movimento cai, mesmo que no centro ainda há lojas, shoppings, magazines e restaurantes abertos. Mesmo assim, é possível analisar as pessoas que por ali passam. São pessoas mais simples – e em muitos casos bem mais simples – do que as da Oscar Freire e até mesmo no Frei Caneca, onde mesmo com alta concentração do público GLBT tem um público classe AB também.

Enfim, esse sábado em apenas 6 horas eu tive a oportunidade de vivenciar 3 tipos de públicos totalmente diferentes, e o mais curioso: na mesma cidade, aliás na mesma região. Em cerca de alguns kilometros, São Paulo possui uma enorme divergência cultural.
Por isso, a minha dica como planejador é: Planejadores VÃO AS RUAS!!!

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Abraços
Felipe Morais

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