quinta-feira, 14 de abril de 2011

O que a classe C quer?

Amigos

O mercado inteiro está de olho na classe C e não é de hoje. Não é nenhuma novidade quando você avalia que 54% dos 190 milhões de brasileiros tem renda familiar entre 1,5 e 4,8 mil reais. Diversas marcas que antes trabalhavam com o foco na classe A, estão revendo suas estratégias de negócio para focar nessa classe.

Um caso fácil de ver é o Tecnisa Flex. Até o ano passado, a Tecnisa vendia apartamentos para a classe Ab, com apartamentos acima dos 350 mil reais. Hoje, a mesma qualidade da Tecnisa pode ser incorporada a apartamentos menores, em bairros mais afastados do centro a custos de até 200 mil reais; não só a Tecnisa como outras marcas estão de olho nessa classe.

Para quem atua com a Internet, esse crescimento da Classe C tem sido excelente, pois essa classe não só descobriu a web, através do Orkut, MSN e YouTube, como se apaixonou pela rede a ponto de dizer “eu não vivo mais sem web”. Os pais sabem que o acesso a web é certeza de um estudo melhor. Prezam por isso. Os filhos sabem que a rede é um canal de relacionamento com outras pessoas.

O Portal Mundo do Marketing publicou uma matéria recente com uma pesquisa sobre o que a classe C deseja. Erra quem pensa que esse consumidor está querendo apenas preço baixo ou desconto. A classe C quer qualidade e tem os mesmos aspiracionais da classe AB, afinal, há anos atrás mal pagavam as contas. Hoje sobra dinheiro.

O que eu sempre falo em aula “efeito Casas Bahia” onde se compra uma TV de Plasma de 42 polegadas em 30 vezes é algo que está ao alcance da classe C, um produto que antes era sonho de consumo da classe AB, hoje está presente na casa da classe C.

Segundo a pesquisa “Cada vez mais, o cliente da baixa renda é fiel a marcas que transmitam segurança, para não correr o risco de investir o orçamento apertado de forma errada”. A classe C está sim comprando, mas não é por impulso. Produtos de alto valor estão sendo muito bem estudados, pois a classe C sabe o quanto foi difícil atingir esse patamar de “sobrar dinheiro” e que um erro pode fazer o prejuízo no orçamento ser alto.

A pesquisa ainda defende algo interessante que é a forma como as marcas devem entrar nessa nova classe. As campanhas não precisam ser com um cara gritando “compre, compre, aqui você quer pagar quanto” e sim ter a mesma linguagem da classe C, entender como essas pessoas se falam, se conectam e se interessam por assuntos é fundamental, e nós, profissionais de planejamento estratégico temos essa missão nas mãos. Ir as ruas e entender: Como a classe C consome?

Talvez começar a entender essa pergunta é ver o quanto clubes de compras tem sido canal de aquisição da classe CD. Enquanto 39% compraram em compras coletivas, apenas 10% da AB também o fizeram. A classe CD empresa o cartão a amigos. A AB não, o que mostra o quanto essa classe confia mais em amigos do que a classe AB. Confiar significa ter um bom relacionamento e isso é o que hoje faz a diferença: RELACIONAMENTO.

Por isso, a pesquisa apresentada no site finaliza mostrando a importância de se estar presente na web não apenas para vendas, mas sim para relacionamento, construir uma imagem positiva e evitar que um pequeno ruído se transformar em algo sem controle.

Fonte: http://www.mundodomarketing.com.br/16,18360,quais-estrategias-dao-certo-para-a-classe-c-.htm

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Abraços
Felipe Morais
@plannerfelipe

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2 Comentários:

Às 14 de abril de 2011 às 12:06 , Anonymous Camila disse...

Só fico pensando ... se a classe C esta tão em alta, fato, sendo impactada pelos mesmos preceitos publicitários que as classes AB, o que passar a diferencia-las? Lógico ... milhões de coisas ... mas ainda nao vi ninguém chegar nessa discussão.

 
Às 14 de abril de 2011 às 12:08 , Blogger Felipe Morais disse...

Excelente ponto de vista Camila. As vezes está muito no discurso, as vezes as marcas acham que gritar com a classe C vende...
Ótimo.
Felipe Morais

 

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