terça-feira, 13 de maio de 2008

Há espaço para Web 3.0 ?

Amigos.

Não vou comentar muito esse artigo publicado recentemente no site do Adnews por um simples motivo. Na capa da Revista Meio Digital (Meio&Mensagem) de novembro/dezembro de 2007
o assunto abordado é o UGC (User Generate Content) onde o usuário gera conteúdo para os sites e portais, o que também é denominada a nova gerção da web, a chamada 3.0. Esse artigo aborda outro pilar da web 3.0, onde a palavra SEMÂNTICA chega forte no conceito de "
tenta transformar a informação em conhecimento, ordenar e classificar os conteúdos da Web para que os computadores sejam capazes de interpretá-los e tomar decisões através do cruzamento de dados"

Mas a minha decisão tem base em um artigo que estou preparando para breve falando de uma nova geração de web, a 4.0, ou devo chamar de Mídia 2.0 ? Estou na dúvida, mas estou escrevendo de noite em minha casa... é aguardar.


Web 3.0: inteligente e 'personalizada'

Acabaram-se as buscas na Internet que retornam 70 mil resultados inúteis, as larguras de banda estreita, a conexão limitada ao computador e ao celular... Estas desaparecerão com a próxima Internet: a chamada Web 3.0. Se a atual Web 2.0 se caracteriza pelo sucesso das redes sociais, o passo seguinte na evolução do ciberespaço é alcançar uma Internet inteligente, presente em qualquer lugar, que conheça a pessoa e se adapte a ela. Não há data de estréia e cada pesquisador tem sua própria visão sobre o futuro da rede, mas concordam nos seguintes aspectos.
Segundo Tim Berners-Lee, o criador da World Wide Web, a verdadeira revolução chegará com a Web semântica, que também se incluiria na Web 3.0. A Web semântica tenta transformar a informação em conhecimento, ordenar e classificar os conteúdos da Web para que os computadores sejam capazes de interpretá-los e tomar decisões através do cruzamento de dados. Para isso estão sendo desenvolvidas tecnologias que rotulam a informação com nomes compreensíveis entre todos os dispositivos e programas informáticos."Algumas teorias defendem que a Web semântica é um novo nome para a inteligência artificial", explica Mari Carmen Marcos, professora de documentação da Universidade Pompeu Fabra que estuda a Web semântica.
A Internet não pensará em termos humanos, mas será capaz de estabelecer relações e resolver casos porque os dados estarão bem ordenados, salienta Ivan Herman, diretor da Atividade de Web Semântica do W3C -o consórcio de padrões de Internet dirigido por Berners-Lee. Por exemplo, se uma pessoa prepara um jantar importante e não tem idéia de vinhos, poderá perguntar a seu "agente inteligente" na Internet - uma máquina de busca interativa, como um secretário virtual- com que bebida poderia acompanhar o prato que prepara. O agente lhe dará a resposta correta porque conhecerá os gostos do usuário e os de sua acompanhante, terá acesso a uma informação que classifica os vinhos em função da colheita e dos alimentos com que combinam bem. Para isso, toda a informação deve estar na Internet e armazenada de forma correta.
Já existem empresas que as estão utilizando, mas não de forma comercial. A Yahoo é uma delas, e de fato as máquinas de busca na Internet estão entre os setores mais interessados nessa tecnologia, afirma Ricardo Baeza, vice-presidente da Yahoo Research Europa y Latinoamérica. Supõe-se que suas buscas serão muito mais eficientes e acertadas quando a Web semântica estiver desenvolvida. A Nasa criou algumas aplicações desse tipo e o Conselho Geral do Poder Judiciário idealizou uma ferramenta para ajudar os juízes baseada na Web semântica.
Alcançar a rede do conhecimento não será fácil. Além da dificuldade de etiquetar toda a informação e conseguir tecnologias que tornem isso possível, seria preciso resolver a questão dos padrões, a linguagem utilizada para nomear cada coisa. E isto poderia levar a guerras empresariais e causar a fragmentação da Internet. Por isso, antes da Web semântica chegarão outros avanços que também se incluem na Web 3.0, afirma Íñigo Asiain, gerente de marketing do Online Services Group da Microsoft Ibérica. O computador deixará de ser a plataforma principal para se conectar, e qualquer aparelho -desde eletrodomésticos ou carros até tocadores de MP3- fará parte da rede.
Além disso, todos os aplicativos serão compatíveis -por exemplo, os usuários de diferentes redes sociais como MySpace ou Facebook poderão se comunicar entre si, coisa que hoje é impossível- e seriam criadas pequenas redes que compartilharão informação em função dos interesses de cada pessoa. A Microsoft também trabalha no correio unificado, uma aplicação que permita manejar como uma só todas as contas de e-mail, as ligações telefônicas, etc.
A geolocalização é outra das frentes abertas em várias empresas. Aparelhos que dizem à pessoa onde estão seus parentes e amigos com um só clique. E que também a mantém controlada. Cada vez mais dados, mais internautas e mais tráfego de informação que exigirão processadores mais potentes e maior largura de banda. O futuro da Internet precisa, portanto, de uma mudança na infra-estrutura, e um exemplo de como poderia ser está no GRID. Trata-se de uma tecnologia que permite distribuir o volume crescente de dados do Large Hadron Collider (LHC), o maior acelerador de partículas do mundo, que entrará em serviço este ano no Laboratório Europeu para a Física de Partículas (CERN), na Suíça.
Os 10 mil cientistas que utilizam o GRID podem acessá-lo de qualquer lugar do mundo. Nele se definem grupos de usuários com interesses comuns que compartilham recursos e se atingem velocidades de conexão de até 10 gigas por segundo, informa Manuel Delfino, diretor do Port d'Informació Científica de la Universitat Autònoma, que abriga um dos nódulos do GRID.
Seu uso é restrito à comunidade científica, mas Delfino acredita que parte dessa tecnologia chegará ao grande mercado em curto prazo, como ocorreu com a própria Internet há 20 anos.

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